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Bete-Semes: o retorno da arca perdida

Os arqueólogos fizeram muitas descobertas em Bete-Semes, incluindo a do maior reservatório de água de Israel da Idade do Ferro. Uma detonação na pedreira de Har-Tuv, perto de Bete-Semes, em 1968, revelou uma caverna repleta de estalactites e estalagmites de calcário. Hoje, graças a uma iluminação impressionante, escadas e caminhos recobertos por tábuas, visitantes podem explorar a caverna de mais de 180 mil metros quadrados.

Bete-Semes se destacava como a cidade mais importante de Judá no vale de Soreque porque guardava a rota diagonal que levava a Laquis, além de ser caminho importante para o interior do país. Depois de terem capturado a arca da aliança e destruído Siló, os filisteus devolveram a arca em uma carroça para Bete-Semes. Os hebreus colhiam a safra de trigo no vale de Soreque durante o período do Pentecoste (a Festa das Semanas) quando viram a arca se aproximando. Embora tenham ficado muito felizes por verem a arca, cometeram o erro de olhar dentro dela, para as relíquias santas. Péssima ideia (1Sm 6.13-19; ver tb. Nm 4.20). Os levitas de Bete-Semes eram mais prudentes — eles sabiam que santo significa “separado”.

Bete-Semes fica à sombra das cidades de Zorá e Estaol, onde, anteriormente, o juiz Sansão havia nascido e vivido seus dias como nazireu separado para Deus (Jz 13.2,7,25). Ele viajava pelo vale de Soreque a cidades filisteias, seguindo seu interesse carnal pelas mulheres daquele povo.

A curiosidade de Sansão e a do povo de Bete-Semes revela um contraste interessante. Sansão teve curiosidade pelo pecado, enquanto o povo de Bete-Semes teve curiosidade por coisas santas proibidas. Os dois interesses se opunham à lei de Deus. Como povo de Deus, precisamos seguir seus padrões de santidade. Deus está separado do pecado, e nós devemos compartilhar desse mesmo compromisso.

Adaptado da Bíblia de Estudo Swindoll, publicado pela Editora Mundo Cristão.