Romanos: Teologia Para TodosExemplo

Algo que você aprende rápido crescendo numa família é que todos na família são incrivelmente diferentes. É incrível como as crianças que crescem com os mesmos pais, na mesma casa, indo à mesma igreja e à mesma escola, podem resultar completamente diferentes em tudo, desde a personalidade até os seus interesses e crenças. Uma família com filhos adotados, ou uma família juntada, tem uma diversidade ainda mais única a juntar pelo bem da unidade amorosa. 

Isto também é verdade na família de Deus, a Igreja. Se você parar e pensar sobre isso por um momento, a Igreja de Jesus é incrível. Por milhares de anos, ela tem permanecido o maior e mais diverso movimento de qualquer sorte ou tipo na história do mundo, com mais linguagens, nações e culturas do que qualquer outro movimento de qualquer sorte. Paulo nos fala que a unidade da nossa Igreja global e diversa, bem como a das igrejas locais, é possível somente através do Senhor Jesus Cristo. É Cristo que nos busca, nos salva e continuamente nos serve. Seguindo o exemplo de Jesus, os crentes são convidados a fazer o mesmo e a servir uns aos outros. 

Fazemos isso de sete maneiras. 

Primeira maneira: para irmãos e irmãs que têm áreas de fraqueza ou uma consciência fraca em uma certa questão, fazemos tudo o que podemos para permanecer nos relacionando com eles ao buscar o que traz glória para Deus e é bom para eles, mesmo se isso for um esforço ou inconveniência para nós, de modo que eles sejam edificados na sua maturidade. 

Segunda maneira: andamos persistentemente com pessoas que são mais cansativas do que gostaríamos, e permanecemos encorajados de que Deus está trabalhando tanto em nós quanto nelas, conforme andamos com Jesus, juntos, através dos picos e dos vales da vida. 

Terceira maneira: buscamos viver em harmonia uns com os outros, de modo que as nossas vozes se juntem em adoração, e nossas vidas façam o mesmo ao longo da semana.

Quarta maneira: recebemos irmãos e irmãs nos nossos relacionamentos e tomamos a iniciativa de começar a conhecer os outros e estender a mão da amizade e do companheirismo a eles, sem nos sentarmos, parados, esperando que todos venham até nós. 

Quinta maneira: como Jesus nos serviu, buscamos maneiras práticas de servir uns aos outros ao sermos generosos, compartilhando fardos e doando graça. 

Sexta maneira: tudo isso é possível pela vida compartilhada no Espírito Santo, que nos permite andar mais e mais no caráter de Cristo, com esperança de que Deus está agindo, alegria no que Ele tem feito e no que fará, e paz advinda do fato de que o mesmo Deus que está trabalhando em e através de nós está fazendo o mesmo com todos os Seus filhos. Uma vez que os não-cristãos observam como os cristãos tratam uns aos outros, o nosso amor é uma poderosa parte do nosso convite evangelístico a não apenas conhecer a Deus, mas, também, para se juntar à família do Pai. 

Por último, estes princípios para a unidade sobrenatural em meio à diversidade são verdadeiros não apenas para uma igreja ou um ministério cristão, mas entre igrejas e ministérios cristãos. Quando crentes brigam em frente aos incrédulos, o único que vence é o diabo. Reconhecidamente, exatamente como irmãos em uma família têm desentendimentos, e desentendimentos podem acontecer e de fato acontecem, entre famílias em uma família estendida, o modo como a família de Deus trata uns aos outros é incrivelmente importante por três razões. 

Primeira: carregamos o nome de Cristo enquanto cristãos, e deveríamos querer conduzir a nós mesmos de tal modo a honrar Jesus Cristo. 

Segunda: já que não-cristãos observam como os cristãos tratam uns aos outros, o nosso amor é uma poderosa parte do nosso convite a não apenas conhecer a Deus, mas, também, para se juntar à família do Pai. 

Terceira: se realmente cremos que companheiros crentes estão em erro, deveríamos, em amor, buscar tratá-los de tal modo que eles muito provavelmente nos ouviriam, se realmente esperamos ajudá-los a corrigir um caminho ruim que escolheram. Uma coisa que a minha esposa, Grace, e eu descobrimos ser muito útil para explicar à nossa família e família da igreja sobre unidade e diversidade é ajudar as pessoas a distinguir entre princípios e métodos. A Bíblia está cheia de princípios, mas permite aos crentes, guiados pelas Escrituras e pelas consciências, e sob a liderança do Espírito Santo, a determinar os seus métodos. Por exemplo, a Bíblia comanda-nos cantar canções ao Senhor juntos, ouvir a Palavra de Deus pregada e reunirmo-nos. Não nos é dito que estilo de música deveria acompanhar o canto, ou quantas canções devem ser cantadas, ou que tradução da Bíblia deveria ser utilizada, ou o quão longo o sermão deveria ser, ou que dia e hora deveríamos nos reunir e se isso deveria ser num prédio de igreja, na casa de alguém ou sob uma árvore, porque todos estes métodos são bons. 

Como cristãos, a nossa unidade está nos nossos princípios, e a nossa diversidade está nos nossos métodos. Isto explica por que há incrível unidade no Espírito nas igrejas locais e entre igrejas e ministérios, desde que entendamos que o nosso modo não é o único modo de ser obediente aos princípios bíblicos de Deus.

Perguntas: 

1.Se estiver curioso, pode buscar os seguintes versículos para você mesmo ver o tema de que o coração de Deus sempre foi por nós, gentios não-judeus. Um comentarista bíblico diz sobre Romanos 15:9-12: “Em Romanos 15:9b-12, Paulo apela de novo para uma frase das Escrituras do AT (veja também Rm 3:10-18; 9:25-29; 10:14-15). Paulo emprega as suas típicas frases introdutórias ao citar os quatro versos seguintes do AT: Sl 18:49 (Rm 15:9b; possivelmente relacionado com 2 Sm 22:50); Dt 32:43 (Rm 15:10); Sl 117:1 (Rm 15:11); e Is 11:10 (Rm 15:12). Além disso, comentaristas geralmente concordam que as citações estão unidas tematicamente nas suas referências compartilhadas aos gentios e ao louvor a Deus”.

2.Você alguma vez já adorou com cristãos de outras denominações ou tradições, ou até mesmo de outras nações e línguas? Como houve unidade no Espírito, a despeito da diversidade?

3.Paulo fala sobre a alegria que Deus e o Seu povo deveriam ter quando grupos de pessoas se tornam cristãos. Por quem você está orando para que conheça Jesus (família, amigos, vizinhos, colegas de trabalho, família estendida, antigos amigos etc.)?