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Pais Emocionalmente Inteligentes

DIA 2 DE 7

Dia 2 - Desenvolvendo autocontrole (estou falando para você, e não para seu filho!)

Se você é pai ou mãe de crianças pequenas, muito provavelmente você já deve ter experimentado aqueles dias em que nosso limite de paciência quase estoura - ou estoura completamente. No processo de educar, não é somente os pequeninos que aprendem, mas nós, pais, também. Ou pelo menos deveríamos. 

Educar sem autocontrole geralmente causa não somente machucados emocionais como também pode diminuir consideravelmente a eficácia daquilo que pretendemos ensinar. Se estamos tentando ensinar o respeito ao pai e a mãe, e gritamos, algo fica incoerente. Se perdemos a paciência facilmente e agimos de maneira impulsiva, seja em uma fala grosseira, em uma maneira de segurar a criança com violência, ou na colocação de regras exageradas que são feitas mais pelo nosso estado de humor do que pelo que a criança realmente precisa fazer, provavelmente estará desenvolvendo ou raiva e rancor ou medo e um sentimento de incapacidade e desvalor, levando à uma submissão pelo medo, e não por respeito. 

A grande maioria dos pais se arrepende depois de ter agido de maneira descontrolada com seus filhos, e o mais importante disso tudo não é somente o pedido de perdão, mas a sua mudança! Não adianta pedir desculpas hoje, e amanhã gritar novamente. Por isso, algumas coisas poderão ajudar você a desenvolver uma maior conscientização sobre si mesmo e, consequentemente, o autocontrole:

1. Conheça a si mesmo. Se sabe que em dias estressantes de trabalho, a sua tendência a estar mais impaciente é maior, fique alerta com o seu comportamento. Tome cuidado com o que sairá de você. Se sabe que na TPM sua agressividade aflora, cuide-se para que seu filho não seja seu "saco de pancada" quando ele não tem nada a ver com a maneira como esteja se sentindo. Encontre maneiras de aliviar o que você sabe que é um problema seu, a fim de que as consequências não recaiam sobre as crianças. Fazer um exercício físico para diminuir a ansiedade? Pedir que o cônjuge fique 30 minutos com os filhos enquanto faz algo para se acalmar? Colocar as crianças para dormir mais cedo? Enfim, exercite reconhecer o que desse sentimento todo que você está sentindo é seu ou do seu filho, e resolva as suas questões consigo mesmo.

2. Peça ajuda quando sentir que vai explodir. Aliás, uma primeira coisa antes de pedir ajuda é aprender a reconhecer o que é que acontece com você quando está prestes a explodir. Começa a perder a paciência? Sente-se quente, rosto "pegando fogo"? Sente que vai falar um monte de coisas que não deve? Sente aperto no peito? Percebe que os músculos estão rígidos? Ao identificar estes gatilhos, peça ajuda. Se tem um cônjuge em casa, troque funções: "Fique aqui com as crianças uns minutinhos que eu preciso dar uma volta ou tomar um banho". Assim, o outro que não necessariamente esteja quase a ponto de explodir, assume o momento enquanto você sai um pouco de cena e respira fundo.

3. Sair do ambiente e respirar fundo. Sim, isto é algo que ajuda muito para que consigamos obter novamente o controle da nossa mente pela razão, e não pela emoção, pelo calor do momento. É preciso sair de cena. Se não pode sair de casa porque não tem outro adulto para ficar com a criança, tente ir para um cômodo diferente por alguns minutos, até que consiga se acalmar. E, ao ir, respire fundo. Inspire lentamente e expire longamente. Isso ajuda o corpo a realizar a homeostase, que é o equilíbrio novamente de suas funções. O coração que estava provavelmente acelerado vai voltando ao normal, os músculos se tornam menos rígidos, e o córtex pré-frontal (responsável pela nossa capacidade lógica, pelo raciocínio, pela razão) vai tomando a frente de nossas ações novamente, enquanto que a amígdala (estrutura do cérebro responsável por reações emocionais) vai diminuindo suas atividades. 

4. Evite aquilo que você não quer que ele copie. Se você grita, e não quer que ele grite; se você bate, e não quer que ele bata; se você xinga, e o ensina a não xingar, repense suas atitudes. O autocontrole precisa funcionar. "Ah, mas é muito difícil! Quando eu vi, já gritei, já bati, já xinguei!" Então, se é difícil, aplique as orientações anteriores para que aprenda a ter autocontrole. Mas, lembre-se de que você dificilmente terá uma resposta diferente daquilo que visualmente ensinar a seu filho. Crianças são mais observadoras do seu comportamento do que do seu discurso! Você pode ensiná-las com uma voz mansa e carinhosa que precisam falar com respeito, mas tratá-las com maneiras desrespeitosas. Isso valerá mais do que suas palavras. Em alguns momentos você terá que tratar seus filhos com firmeza, mas nunca falte com respeito (zombando, gritando, sendo sarcástico, diminuindo, etc).

Eu sempre gosto de pensar que, para o desenvolvimento de bons relacionamentos, é preciso ter intencionalidade, ou seja, não esperar que os ajustes ou mudanças necessárias aconteçam naturalmente, mas intencionalmente fazer algo por aquilo que você sabe que precisa ser feito. O que, em você, precisa de ajustes com relação ao autocontrole? 

Lembre-se de que Deus nos enviou o Espírito Santo para nos ajudar em nosso processo diário de amadurecimento não somente espiritual, mas também emocional. Algumas atitudes precisam ser decididas por você, mas se você se submeter a Ele e reconhecer que, além de suas tentativas, precisa de Sua ajuda, Ele estará constantemente ao seu lado para lhe ajudar. Vá em frente!  

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Sobre este Plano

Pais Emocionalmente Inteligentes

No primeiro plano que escrevi, Criando Filhos Emocionalmente Inteligentes, abordei alternativas de como os pais poderiam ajudar seus filhos a lidarem melhor com suas emoções. Neste plano, você – pai ou mãe – é convidado a olhar para si mesmo e perceber quais ajustes precisam acontecer em você para que seja um facilitador do trabalho mais extraordinário que Deus nos confiou aqui na Terra: educar um filho.

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Gostaríamos de agradecer ao Psicologia em Casa por fornecer este plano. Para mais informações, visite: http://www.psicologiaemcasa.com.br