Ela saiu e perguntou à mãe: “O que devo pedir?”.
A mãe lhe disse: “Peça a cabeça de João Batista!”.
A moça voltou depressa ao rei e disse: “Quero a cabeça de João Batista agora mesmo num prato!”.
O rei muito se entristeceu com isso, mas, por causa do juramento que havia feito na frente dos convidados, não pôde negar o pedido. Assim, enviou no mesmo instante um carrasco com ordens de cortar a cabeça de João e trazê-la. Ele decapitou João na prisão, trouxe a cabeça num prato e a entregou à moça, que a levou à sua mãe. Quando os discípulos de João souberam o que havia acontecido, foram buscar o corpo e o colocaram numa sepultura.
Os apóstolos voltaram de sua missão e contaram a Jesus tudo que tinham feito e ensinado. Jesus lhes disse: “Vamos sozinhos até um lugar tranquilo para descansar um pouco”, pois tanta gente ia e vinha que eles não tinham tempo nem para comer.
Então saíram de barco para um lugar isolado, a fim de ficarem a sós. Contudo, muitos os reconheceram e os viram partir, e pessoas de várias cidades correram e chegaram antes deles. Quando Jesus saiu do barco, viu a grande multidão e teve compaixão dela, pois eram como ovelhas sem pastor. Então começou a lhes ensinar muitas coisas.
Ao entardecer, os discípulos foram até ele e disseram: “Este lugar é isolado, e já está tarde. Mande as multidões embora, para que possam ir aos campos e povoados vizinhos e comprar algo para comer”.
Jesus, porém, disse: “Providenciem vocês mesmos alimento para eles”.
“Precisaríamos de muito dinheiro para comprar comida para todo esse povo!”, responderam.
“Quantos pães vocês têm?”, perguntou ele. “Vão verificar.”
Eles voltaram e informaram: “Cinco pães e dois peixes”.
Então Jesus ordenou que fizessem a multidão sentar-se em grupos na grama verde. Assim, eles se sentaram em grupos de cinquenta e de cem.
Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, olhou para o céu e os abençoou. Então, à medida que ia partindo os pães, entregava-os aos discípulos para que os distribuíssem ao povo. Também dividiu os peixes para que todos recebessem uma porção. Todos comeram à vontade, e os discípulos recolheram doze cestos com os pães e peixes que sobraram. Os que comeram foram cinco mil homens.
Logo em seguida, Jesus insistiu com seus discípulos que voltassem ao barco e atravessassem o mar até Betsaida, enquanto ele mandava o povo para casa. Depois de se despedir de todos, subiu sozinho ao monte para orar.
Durante a noite, os discípulos estavam no barco, no meio do mar, e Jesus, sozinho em terra. Ele viu que estavam em apuros, remando com força e lutando contra o vento e as ondas. Por volta das três da madrugada, Jesus foi até eles caminhando sobre o mar. Sua intenção era passar por eles, mas, quando o avistaram caminhando sobre as águas, gritaram de pavor, pensando que fosse um fantasma. Ficaram todos aterrorizados ao vê-lo.
Imediatamente, porém, Jesus lhes disse: “Não tenham medo! Coragem, sou eu!”. Em seguida, subiu no barco e o vento parou. Os discípulos ficaram admirados, pois ainda não tinham entendido o milagre dos pães. O coração deles estava endurecido.
Depois de atravessarem o mar, chegaram a Genesaré. Levaram o barco até a margem e desceram. As pessoas reconheceram Jesus assim que o viram. Quando ouviam que Jesus estava em algum lugar, corriam por toda a região, levando os enfermos em macas para onde sabiam que ele estava. Aonde quer que ele fosse — aos povoados, às cidades ou aos campos ao redor —, levavam os enfermos para as praças. Suplicavam que ele os deixasse pelo menos tocar na borda de seu manto, e todos que o tocavam eram curados.