Entrei no meu jardim, minha irmã, minha noiva. Ajuntei a minha mirra com as minhas especiarias, comi o meu favo e o meu mel, bebi o meu vinho e o meu leite. Comam e bebam, amigos; embriaguem‑se de amor! Eu dormia, mas o meu coração estava desperto. Escutem! O meu amado está batendo. Abra‑me a porta, minha irmã, minha querida, minha pomba, minha perfeita, pois a minha cabeça está encharcada de orvalho, e o meu cabelo, do sereno da noite. Já tirei a túnica; terei que vestir‑me de novo? Já lavei os pés; terei que sujá‑los de novo? O meu amado pôs a mão por uma abertura da tranca, e o meu coração começou a palpitar por causa dele. Levantei‑me para abrir‑lhe a porta; as minhas mãos destilavam mirra, e os meus dedos vertiam mirra sobre a maçaneta da tranca. Eu abri para o meu amado, mas o meu amado já havia partido; ele não estava mais lá. Quase desmaiei com a sua partida! Procurei‑o, mas não o encontrei. Eu o chamei, mas ele não respondeu.
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