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Dias Melhores Virão

Dia 3 de 7

ASSUMA COMPROMISSOS COM DEUS!

Na hora de apuros a maioria das pessoas é capaz de prometer a Deus o que pode e o que não pode fazer. Já vi muitas pessoas em situações de desespero fazerem promessas extremas que comumente começam com um ‘se eu sair desta prometo....’. E o que vem depois, bom geralmente é coisa demais.....! Talvez a mais curiosa dessas situações tenha sido uma vivida por uma senhora de quem fui pastor anos atrás. Ela foi atropelada, numa avenida de grande movimento, mesmo à frente da sede da igreja que eu pastoreava. Tempos depois, já recuperada, ela contou-me que momentos depois de ter sido atingida por um autocarro, ainda caída no asfalto, ela olhou para o prédio da igreja e disse: ‘Deus, se me deixares viver, eu prometo que venho fazer parte desta igreja.’ E assim foi, ela cumpriu a promessa, até o dia em que faleceu, anos mais tarde.

Em todas as épocas Deus tem sido procurado com as mais inusitadas propostas de acordo, em momentos de perigo, quando o horizonte desaparece, e o futuro deixa de ter propósito. O salmo 56 foi escrito por Davi numa ocasião, em que a sua condição era mais ou menos essa. Ele estava completamente vulnerável e ameaçado pelos filisteus na cidade de Gate. O relato desse momento está registrado no livro de 1 Samuel, capítulo 21.

E quem disse que medo e fé não se misturam? O medo é mais aguda expressão do senso individual de desvantagem. Algo que só pode ser compensado pela fé, que nada mais é que o senso de que em Deus toda a vantagem está do nosso lado. O problema é quando o medo e a fé competem pelo domínio do nosso coração. As vitórias do passado por vezes não são suficientes para dar tranquilidade quanto ao presente, muito menos quanto ao futuro.

Spurgeon afirmou que somos seres estranhos, e as nossas experiências de vida são ainda mais estranhas. É possível que o medo e a fé ocupem a mente ao mesmo tempo, tal como num crepúsculo, no qual luz e trevas estão presentes, e é difícil dizer qual predomina.

Nada escapa ao controlo de Deus e Ele usa esses momentos para aperfeiçoar o nosso caráter e a nossa confiança n'Ele. Um conhecido pastor e escritor americano comentando sobre o momento da vida de Davi no qual foi escrito o salmo 56 disse ‘Davi chegou no ponto onde Deus pôde verdadeiramente começar a moldá-lo e fazer uso dele. Quando o Deus soberano nos leva ao nada, é para redirecionar a nossa vida e não para acabar com ela. A perspetiva humana diz: “Perdeste isto, perdeste aquilo. Acaba com a tua vida! Deus, porém, diz: “Não. Não. Estás na caverna, mas isso não significa o fim. Significa que está na hora de mudar o rumo. Está na hora de começar de novo!”. Foi exatamente isso que Ele fez com Davi.

Quando a precariedade e os perigos se prolongam, e as lágrimas se multiplicam, a fé pode reflorescer. Deus conhece todo o nosso íntimo. Nenhuma experiência fica de fora das Suas anotações. Davi dá testemunho disso no versículo 8, no qual afirma: “Conheces bem todas as minhas angústias, recolheste as minhas lágrimas num jarro e no Teu livro registraste cada uma delas.” Que maior expressão de cuidado poderia haver? Wiersbe afirmou que arqueólogos descobriram pequenas garrafas de lágrimas, que, no Oriente Médio Antigo eram usadas para ‘coletar o choro’ dos enlutados para depois serem colocadas nos túmulos.

Não é que Deus precise das nossas lágrimas, mas Ele usa-as para purificar o nosso coração, e para nos fazer rendidos ao Seu poder e soberania. Ele coloca-nos de joelhos não para nos envergonhar, mas para nos colocar em pé.

Matthew Henry escreveu que lutamos melhor de joelhos. Só quem já chorou muito ajoelhado diante de Deus pode cantar como Davi, expressando confiança na libertação futura como se já a tivesse recebido. Quando ele diz no versículo 8 ‘cumprirei os votos que fiz a ti, ó Deus, e te oferecerei um sacrifício de gratidão’, não está falando da boca para fora, também não está dizendo a Deus que fará qualquer negócio para se livrar dos seus apuros, está dizendo do coração para dentro que se compromete com um estilo de vida na presença de Deus.

Fazer um voto a Deus é prometer-Lhe algo voluntariamente. É diferente do dever, da obrigação como mandamento. É uma expressão de retribuição pelo reconhecimento do amor e da bondade divina. Isso era comum na religião do Israel antigo.

O que tem prometido a Deus como reconhecimento do favor d'Ele sobre a sua vida? Na Idade Média, antes das cerimônias de batismo, as pessoas eram obrigadas a renunciar ao diabo e às suas obras, às pompas e vaidades deste mundo, e aos desejos pecaminosos da carne. Nada disso precisa de ser feito por obrigação. Por meio de Cristo somos convencidos de que não há nada melhor do que Lhe entregar voluntariamente os nossos desejos, aspirações, fraquezas, anseios, recursos e oportunidades, para vivermos no presente certos de que o futuro não nos cobrará nada indevidamente.

Assuma compromissos com Deus!

Wilson Avilla

Dia 2Dia 4

Sobre este plano

Dias Melhores Virão

Predizer o que está por acontecer é tentar antecipar uma dimensão fundamental da existência. Mas sem confiança em Deus o amanhã pode significar somente frustração e vazio. Vários salmos foram escritos em momentos nos quais o futuro era uma sombra assustadora para os seus autores. Nestas experiências há valiosas lições de fé para lidarmos com as tensões do que ainda não aconteceu e acreditarmos que melhores dias virão.

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Gostaríamos de agradecer ao #V3 Comunidade Cristã por fornecer este plano. Para mais informações, visite: https://prwilsonavilla.blogspot.com/