Sermão Do MonteExemplo

O que Jesus mostra, mais uma vez, é que Deus vê e importa-Se com o nosso coração, a nossa mente, as nossas intenções e motivações. Assim, se considerarmos o coração do cristão como um jardim com as oito flores das bem-aventuranças, a partir de agora veremos algumas ervas daninhas que precisamos arrancar: ira, imoralidade sexual, quebra de aliança, manipulação, orgulho, vingança e ansiedade.

Comecemos pela ira. Jesus diz que não nos devemos preocupar apenas com o assassinato, mas também com o insulto. Quando olhamos para alguém e reduzimos a pessoa a nada nos nossos pensamentos ou palavras, estamos a fazer isso contra alguém que foi feito à imagem e semelhança de Deus. Raiva e insulto são sintomas horríveis do desejo de se livrar de alguém que está no nosso caminho. E não temos justificativa pois a Palavra de Deus afirma categoricamente em 1.ª João 4:20 que “Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso.”

Mas caso cometamos esse pecado da ira (em pensamentos ou em ações), Jesus apresenta um caminho: vá e reconcilie-se. Tome ações imediatas e drásticas para reatar o relacionamento rompido, para pedir desculpas pela queixa, para pagar a dívida que não pagou, para se reconciliar com a pessoa ofendida. Essa era a intenção de Deus quando nos deu o sexto mandamento. Se não quisermos cometer assassinato aos olhos de Deus, somos chamadas a dar todos os passos possíveis para viver em paz com todos - e a fazer isso rapidamente!

Da mesma forma que a proibição do assassinato incluía pensamentos abomináveis e insultos, Jesus também mostra que a proibição do adultério inclui olhares cobiçosos e uma imaginação motivada pelo sexo. O que se passa entre os nossos olhos e a nossa mente já constitui pecado. E precisamos de entender que o adultério do corpo é fruto do adultério do coração, que é fruto do adultério dos olhos (Jó 31:7). Nós não desejamos aquilo que não vemos, por isso, o conselho prático de Jesus é: Não olhe! Corte pela raiz!

A sabedoria de Deus deve remodelar a nossa imaginação. Ele quer que vejamos que nós diminuímos, menosprezamos, desvalorizamos outras pessoas nos nossos pensamentos e a coisa mais tola do nosso pecado interior é que pecamos como se Deus não estivesse a olhar. A verdade é que nós não precisamos de fingir diante de Deus, podemos livremente confessar. Ele não tem medo dos nossos pecados. Podemos ser exatamente quem somos diante d'Ele, pedindo perdão e restauração, para que aprendamos a ver os outros pelos olhos de Deus.

Para refletir e praticar:

• Que relacionamentos rompidos imagina, quando lê os versículos 23-26?
• Leia o Salmo 139:1-10. Como é que a verdade de que Deus conhece todos os seus pensamentos deve mudar a forma como se relaciona com Ele?
• Quando luta mais intensamente contra a tentação sexual? Que “corte” poderia ajudá-la a evitar tentações?
• O que talvez precise de fazer neste exato momento à luz das palavras de Jesus?