Sermão Do MonteExemplo
Num momento que esteve com os fariseus, Jesus foi questionado sobre qual era o mandamento mais importante da lei de Moisés. Diante do questionamento, Ele explicou que o primeiro e maior mandamento é "Ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de toda a sua mente”, e que o segundo, igualmente importante é: “Ame o seu próximo como a si mesmo”. (Mt. 22:34-40).
O nosso problema é que limitamos o “próximo” como aquele que faz parte do grupo, que é semelhante a nós e, dessa forma, sentimo-nos livres para sermos insensíveis ou até odiar os que são diferentes de nós. Entretanto, o nosso próximo, aos olhos de Jesus, é simplesmente outro ser humano - sem qualquer limitação.
E de que tipo de amor Jesus está a falar? Neste trecho do sermão Ele deixa bem claro: é um tipo de amor que ultrapassa o senso de justiça, vingança ou autopreservação. Para Jesus, o Seu discípulo deve pagar o mal com o bem e dispor-se a dar a quem está do outro lado - corpo, roupa, serviço, dinheiro - por amor.
Alguns cristãos não gostam desta parte do sermão de Jesus. Ela faz com que se pareçam capachos, pessoas fracas. Mas Jesus está, de facto, a defender a força, não a fraqueza. É preciso uma força incrível para agir com amor em relação àqueles que nos feriram. Mas como é que Ele nos pode exigir algo assim?
A resposta está na Sua própria vida. Quando estava a ser ridicularizado, açoitado e humilhado pelos soldados na cruz, o que é que Ele fez? Ele orou a Deus: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem” (Lucas 23:34). Se a tortura da crucificação não pôde silenciar a oração de Jesus pelos Seus inimigos, que dor ou preconceito poderiam silenciar as nossas orações?
E a resposta de Jesus para a nossa dificuldade em amar aqueles que nos fazem o mal é justamente o que ele mesmo fez: orar por essas pessoas. Como explica John Stott: “Embora seja uma expressão do amor que temos pelos outros, a oração intercessora também é um meio de aumentar o nosso amor por eles. É impossível orar pelas pessoas sem amá-las, e é impossível continuar a orar por elas sem perceber que o nosso amor por elas aumenta e amadurece. Não devemos, portanto, esperar até que sintamos no nosso coração um pouco de amor pelos nossos inimigos para começarmos a orar por eles. Devemos começar a orar por eles antes de termos a consciência de que os amamos, e veremos o nosso amor transformar-se num broto e depois em flor.”
Nós, cristãos, somos chamados a amar aqueles a quem é impossível amar - os pobres, os excluídos, os que nos feriram, os nossos inimigos -, o que não é possível sem a graça sobrenatural de Deus. Se amamos apenas aqueles que nos amam, não somos melhores do que os descrentes e não testemunhamos o amor de Deus, que nos amou quando ainda éramos Seus inimigos.
Para refletir e praticar:
- Qual dos versículos chamou mais a sua atenção? O que sentiu ao ler esta passagem?
- No versículo 41, Jesus diz: “Se alguém o forçar a caminhar uma milha com ele, caminhe duas.”. Como é que isso pode mudar a sua forma de servir (em casa, na igreja ou no trabalho)?
- Como pode “oferecer a outra face” a alguém que a aflige ou tenta prejudicá-la de algum modo?
- Está ciente de algum “inimigo” em particular para com quem precisa de começar a agir com amor?
Desafio:
Ao longo desta semana, tire 5 minutos todos os dias para orar por alguém, que tem tido dificuldade de amar. Ore pela salvação dessa pessoa ou, se for o caso, pelo fortalecimento da fé dela, e também força para que possa ter atitudes de amor para com ela.
Sobre este plano
Que tal estudarmos juntas o Sermão do monte? Nele, temos o próprio Deus encarnado a chamar aqueles que O querem seguir a se sentarem aos Seus pés e aprenderem o que significa, de maneira prática, ser um cidadão do Reino de Deus. Este é um estudo do Des-Abafa, ministério de mulheres da Igreja Red.
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Gostaríamos de agradecer ao Igreja Red por fornecer este plano. Para mais informações, visite: https://www.instagram.com/desabafared