O Evangelho De Lucas - Parte 2Sample

Lucas 13: O chamado ao arrependimento

Quando tragédias visitam a terra, Jesus desvia nossos olhos do acaso para o eterno. Ele nos chama ao arrependimento, não como castigo, mas como porta para a vida. “Se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis” ecoa como um convite e um alerta.

Um apelo à alma, pois não há distinção entre os culpados e os que parecem justos. C.H. Mackintosh declara: “O arrependimento é a canção do coração que reconhece sua distância de Deus e busca o regaço do Pai.”

A paciência do Agricultor Divino é exemplificada na figueira estéril. Vemos um Deus que espera com ternura, mas não indefinidamente. Sua graça estende-se como o sol, mas exige frutos.

Há áreas de sua vida que permanecem infrutíferas? Permita que o Jardineiro Celestial remova as pedras e cultive um coração fértil.

Seja um jardineiro também na vida de quem está perto. Insista mais um pouco. Cave ao redor, coloque um pouco mais do adubo do amor, regue com palavras de sabedoria, ande uma milha a mais. Quem sabe com essa nova investida os frutos virão.

1. O Reino de Deus e seus contrastes (Lucas 13:10-21)

Em uma sinagoga silenciosa, uma mulher encurvada encontra Aquele que endireita o que o pecado deformou. Um toque e uma palavra de Jesus quebram 18 anos de cativeiro, e o sábado se torna dia de libertação.

Cristo é o Libertador. Como a mulher encurvada, todos somos inclinados pela dor e pelo peso do pecado. Quando encontramos Cristo, Ele não nos deixa como estamos; Ele nos ergue à dignidade celestial. Transforma nossas vidas!

O grão de mostarda e o fermento são pequenos, mas carregam o potencial de uma transformação plena. O Reino de Deus cresce de forma misteriosa, mas seu impacto é sempre grandioso.

Ainda que o crescimento seja imperceptível, confie no trabalho invisível de Deus. Ele planta e colhe para Sua glória.

2. O caminho estreito e a urgência da salvação (Lucas 13:22-35)

Há um eco de urgência no convite de Cristo. “Esforçai-vos por entrar pela porta estreita”, pois o tempo é curto e a porta se fechará.

A porta estreita exige entrega, não força humana. Ela é estreita porque nos despimos do orgulho e da autossuficiência ao passar por ela. Deixamos as cargas pra trás e seguimos dependentes e obedientes ao Senhor.

Ao olhar para Jerusalém, Jesus lamenta: “Quantas vezes quis reunir-te, como a galinha reúne os pintinhos sob as asas.” O amor de Cristo é um lamento constante por aqueles que recusam Sua graça, pois Ele deseja profundamente a nossa união a Ele. Esse convite é irrecusável. Não adie o chamado do Mestre. A porta estreita está aberta, mas não para sempre.

Existe um chamado com a urgência de um sino, para aceitarmos seu amor e união eterna. O arrependimento, o fruto, a vigilância, o esforço – cada tema ecoa o chamado do Senhor para uma vida plena e uma eternidade com Ele. Que nossas vidas sejam campos férteis para Seu Reino, crescendo silenciosamente, mas gloriosamente, para Sua glória!