O Deus que me vêSample

Pela segunda vez no deserto, Agar agora sentia-se humilhada, desprezada, traída e rejeitada – um sentimento por ela e, pelo seu filho, Ismael. Ela não tinha forças para clamar. Só queria esperar pela morte. Ali, naquela condição, Agar esqueceu-se das promessas que tinha recebido 15 anos antes, quando o anjo do Senhor lhe apareceu pela primeira vez: Ismael seria um príncipe, pai de nações; seria forte e guerreiro. O deserto não seria o fim do menino.
Muitas vezes também agimos assim. Há momentos em que o desânimo é tão grande que nós não temos forças nem para orar. Ficamos tão envolvidos na nossa dor que nos esquecemos das promessas e simplesmente não conseguimos trazer à memória o que nos dá esperança, como lemos em Lamentações 3:21.
Mas então isso significa que de nada adianta eu ler a Bíblia e conhecer as promessas de Deus para mim, pois, vou esquecê-las quando mais preciso? É claro que adianta. O nosso cérebro age baseando-se nas nossas experiências de vida, que são chamadas de crenças. Muitas vezes isso é feito de uma maneira inconsciente e não intencional, o que significa que pode não se lembrar que aquela crença está lá e nem ao menos tentar aceder à mesma – mas ela vai interferir no seu comportamento e nas suas decisões. É por isso que precisamos de nos enchermos do Espírito Santo e ler a Palavra todos os dias, gravando as escrituras na nossa mente e coração. É por isso que precisamos adquirir o temor do Senhor: porque ainda que eu me afaste ou tente fugir, o temor estará lá - e uma hora ele me trará de volta ao caminho certo!
A grande verdade é que os desertos, assim como as tempestades que enfrentamos na vida, expõem as nossas raízes. Se elas estiveram firmes e bem supridas, o vendaval não nos derruba, e em vez de mostrar as nossas fraquezas, trará à tona o nosso “melhor”: a nossa perseverança e fidelidade no que realmente cremos.
Em tempos difíceis, a árvore pode perder as suas folhas. Pode secar por fora. Mas, com raízes fortes, a água a fluir no seu interior será a esperança de novos frutos e o que a mantém viva. Os ventos fortes podem quebrar os seus galhos, fazê-la se contorcer, inclinar, ganhar uma nova forma… Mas ela permanece. E Deus faz tudo recomeçar.
Se eu lhe puder dar um conselho hoje, aceite este: fortaleça as suas raízes enquanto há tempo. Beba da fonte e crie reservas no seu interior. Nenhuma adversidade - nem aquela que parece um pesadelo e SIM, pode chegar para todos - derruba aqueles que estão verdadeiramente firmados em Cristo.
Mas existe algo mais sobre Agar, no capítulo que lemos hoje. Note que ela “chorou” e a palavra diz-nos que “Deus ouviu A VOZ do menino”. Não foi a voz dela, porque ela não teve condições de fazer isso – mas quando estamos sem forças, Deus ouve os nossos intercessores.
Então, quando estiver nos dias maus, conte com a intercessão daqueles que o Pai levantará em seu favor. Quando estiver nos dias bons, lembre-se de interceder por aqueles que estão ao seu redor.
Deus vê-o, e está atento ao seu clamor, sempre. Vamos adorá-Lo por isso?
Scripture
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Já correu para o deserto no momento de adversidade? Já esperou pela morte, imaginando que não haveria solução para os seus problemas? Já se dececionou ao ponto de perder a esperança e esquecer-se das promessas de Deus para a sua vida? Acredite: por mais difícil que seja a situação, Ele vê-o! E deseja dar-lhe uma saída.
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