Ore Como JesusSample

Pai ou Mestre? Filho ou Escravo?

Quando a nossa filha, Ashley, nasceu, a sua mãe e eu a seguramos, oramos por ela e ficamos falando para ela que éramos os seus pais. Instintivamente, soubemos que ela precisava saber quem éramos nós e que nós estávamos lá para amá-la, protegê-la e prover para ela.

O que é verdade quando nascemos, também é verdade quando nascemos de novo. A primeira coisa que precisamos saber é quem é nosso Pai, “porque vocês são filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho ao nosso coração, e esse Espírito clama: ‘Aba, Pai!’. Assim, você já não é mais escravo, porém filho; e, sendo filho, também é herdeiro por Deus” (Gálatas 4:6-7). O enredo da Bíblia é que nós nascemos como “escravos do pecado” e “por natureza filhos da ira” (Efésios 2:3). Falando de modo simples, nascemos com Satã como nosso pai, iguais aos líderes religiosos que Jesus repreendeu, e somos escravizados pelo pecado e pela morte. Quando o Espírito Santo dá a você um novo coração e faz de você uma nova pessoa, Ele também dá a você um novo Pai e uma nova liberdade com relação ao pecado.

Você se relaciona com Deus como mestre ou como Pai?

Muitas pessoas têm dificuldades com a oração porque elas erradamente veem Deus como Mestre. Se Deus é malvado, sem amor, controlador, duro e usa você, então correr para Ele para construir um relacionamento amoroso e íntimo, convidando-O para cada aspecto da sua vida, é a última coisa que você faria. De modo inverso, se Deus é o seu Pai, isso é exatamente o que você deveria fazer.

Você se vê como escravo ou como filho?

Um filho ou uma filha com um pai vivem da sua identidade. De modo inverso, escravos com um mestre vivem para a sua identidade. Se eles performam bem e agradam o mestre, eles são recompensados. Se eles falham em performar bem para o mestre, eles são punidos. Um escravo tem de merecer a sua identidade e pode perdê-la a qualquer momento. Esta realidade causa uma grande pressão para performar bem, ser perfeito e não desapontar de maneira alguma.

Muitas pessoas – especialmente se elas tiveram um pai perfeccionista, religioso, exigente, com mente militar ou competitiva – são naturalmente propensas a acreditar numa identidade baseada em obras. Uma identidade baseada em obras é merecida e pode ser perdida. O oposto é uma identidade baseada na graça, sendo esta não alcançada por você, mas recebida por você como um presente do Pai, dada pelo seu Irmão Mais Velho, Jesus, e que não pode ser perdida.

Considere Jesus Cristo, o Filho de Deus. Tendo gastado, basicamente, os primeiros trinta anos da Sua vida obedecendo aos Seus pais, quando criança, e trabalhando com carpintaria com o Seu pai terreno, quando um jovem homem, Jesus começou o Seu ministério público sendo batizado. Antes de ter, de modo aparente, pregado um sermão, curado os doentes ou performado algum milagre, Deus, o Pai, falou do céu, dizendo: “Você é o meu Filho amado; em você me agrado” (Lucas 3:22). No capítulo imediatamente posterior, Satã aparece e diz duas vezes: “Se você é o Filho de Deus”, então você precisa provar e alcançar isso fazendo algo (Lucas 4:3,9). Jesus, pela fé, creu em quem o Pai disse que Ele era como Filho, viveu desta identidade e caminhou em vitória espiritual.

Como pai, não importa o que os nossos filhos façam, eu ainda sou o seu pai que os ama, que quer ser uma bênção na vida deles e que carrega fardos: “quando éramos menores, estávamos escravizados aos rudimentos do mundo.... Deus enviou o seu Filho... a fim de que recebêssemos a adoção de filhos” (Gálatas 4:3-5).

Reflexão:

1. Você vê Deus como Pai ou como mestre? Você se vê como filho ou como escravo?

2. Como essas visões afetam as suas orações?