Ah…o amor

O amor traz flores de vez em quando e lembra das datas importantes. Mas o mesmo amor compreende se isso não acontecer com tanta frequência das mais constantes.

O amor não deixa a toalha molhada em cima da cama e ajuda a lavar a louça. Mas também perdoa se a toalha foi esquecida e a louça seguir suja na pia.

O amor pede ajuda quando está cansado, ao invés de se indignar por não ser instintivamente auxiliado. É esse mesmo amor que abre mão de deixar tudo no lugar quando alguém precisa de cuidado. Ele interrompe o dia e abraça, beija, brinca e faz a comida favorita.

O amor repete várias vezes a mesma instrução: “tira isso da boca”. O mesmo amor corrige quando a repetição vira desobediência das boas. Ele não desiste, nem de falar, nem de corrigir. Ele insiste no ensino enquanto estiver ali.

Esse tal amor se entrega ao outro, mesmo quando não está com vontade. É o amor companheiro de todas as horas, mesmo quando o dia começa cedo e termina tarde.

O amor acorda de madrugada e ajuda na troca de fraldas. Conduz a brincadeira enquanto o cabelo é lavado. Ele auxilia no banho, é o amor que está ali bem perto quando chega o resfriado.

Ah…o amor…

E ainda dizem por aí que amor é feito de palavras, presentes, ou panos quentes. Mas o amor é um verbo cheio de atitude e presença.

É sorriso sim, abraço, afeto e carinho. Mas também é exemplo de ação bem presente em toda e qualquer tribulação. Ele é intenso e não pode ser representado apenas por ícone de coração.

O amor é.

E por isso ele age assim.