Pastorais de Amigos Meus - 04Exemplo

A LIÇÃO DA MENINA ESCRAVA

Tomara o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra. - II Reis 5.3

No texto da reflexão de hoje, vemos o seguinte cenário descrito: Há um ambiente com nações distintas e com muitos problemas diplomáticos a serem equalizados. Um protagonista nos é apresentado: Naamã, homem muito importante em seu país, figura ímpar do ponto de vista militar. O texto diz que ele era “comandante do exército do rei da Síria”, “grande homem diante do seu senhor”, “de muito conceito”, “herói de guerra” (II Reis 5.1). Ocorre que Naamã era leproso. Alguns homens e mulheres completam a cena: a esposa de Naamã; uma escrava hebreia, identificada apenas como ‘menina’ e que servia à ela; o rei da Síria, Ben-Hadade (1 Reis 20.1); soldados sírios da tropa de Naamã; o rei de Israel, Jorão (II Reis 3.1-2); o profeta Eliseu e seu mensageiro (II Reis 5.8).

A história desse texto tem o seu desenvolvimento na ação Divina ao restaurar a vida de Naamã. Mas, eu quero chamar sua atenção para uma menina escrava, cujo nome não sabemos, mas que ganha destaque no texto. O Versículo 2 informa que essa menina havia sido levada cativa, como escrava, e que começou a trabalhar servindo à esposa de Naamã.

Um dia ela disse à mulher de Naamã:“... tomara o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria de sua lepra” (II }Reis 5.3). A menina era uma escrava, estava longe da sua terra natal, da sua família e longe da sua língua natal e de sua identidade. A despeito de todas essas adversidades, ela foi corajosa e útil no contexto que vivia. Vejo vários pontos positivos na vida desta jovem! Registro apenas três ações da menina para nosso aprendizado:

Ela não deixou que as tragédias amargurassem seu coração – Versículo 2.

Apesar de estar muito longe da sua casa e na condição de escrava, ela não permitiu que seu coração ficasse "seco". Que menina sensacional!!! Ela, com humildade, tem capacidade para ajudar aquele que a fez escrava, o grande Naamã. Humildade e determinação!

Ela não permitiu que as decepções esfriassem sua fé – Versículo 3.

Apesar de tudo, inclusive por ser escrava, ainda assim a menina continuou acreditando no poder de Deus. Ela professou sua fé estando em ambiente muito opressivo, e isso diz claro, quem ela é e onde estava seu coração:“... tomara o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria de sua lepra” (Versículo.3).

Ela escolheu ser pessoa abençoadora – Versículo 3.

Vemos na vida desta menina, o exemplo extraordinário de uma serva que consegue ser útil na adversidade da vida, consegue amar graciosamente e acreditar no sobrenatural, a despeito da aridez das circunstâncias.

Para reflexão: “Talvez haja um tempo em que Deus não seja encontrado (Isaías 55.6), mas não existirá nenhuma ocasião em que não se possa confiar n’Ele, para que mude a nossa história.”

Pr. Carlos Magno da Silva