'Causos' de Família - 04Exemplo

ESTAMOS SENTINDO SUA FALTA...

Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão. Como flechas na mão do valente, assim são os filhos ... - Salmos 127.3-5

Larissa! Num destes dias atrás, o Sidney, seminarista lá da Congregação Bethel, foi contar sobre sua vida durante o café da manhã. Eu mesmo foi quem sugeriu o nome dele, pois já sabia sua história.

O testemunho foi tão interessante que vai dar “continuação”; ele deverá retornar para falar ao povo que estava presente. Neste primeiro dia, ele nos contou como um menino, órfão de mãe aos treze anos, tendo um pai violento e alcoólatra, trabalhando em um depósito de cimento em Minas Gerais, veio para Americana e passou a trabalhar no Banco Itaú. Foi muito interessante ouvi-lo e se os jovens quiserem detalhes da história, é só chamá-lo para uma entrevista.

No meio do seu testemunho ele disse uma frase que “marcou” minha mente. Contava que ao chegar em Americana, fez amizade com um rapaz crente, da Igreja Monte Carmelo, e que ele, Sidney, procurava com todos os argumentos, levar esse amigo para as “baladas da noite”. Contou-nos que nessa época ia muito ao bairro Praia Azul, para buscar os bares e boates da região; interessante é pensar que agora ele continua indo para o mesmo bairro, mas para pregar a Palavra de Deus.

Muito bem! O argumento que o Sidney usava, muitas vezes, para convencer seu amigo à deixar de lado alguns compromissos com Deus e levar uma vida mais “light” era o seguinte: "Você precisa ter um tempo para você mesmo. Você precisa divertir-se mais, curtir a juventude e alegrar-se buscando outras motivações! Deixe de ser tão “caxias” com os compromissos com a Igreja. Vamos lá? Mude um pouco!”

Mas ele conclui: “A ideia de que devemos entregar ao controle de Cristo, apenas uma parte de nossas vidas e ações, visto que outra parte, naturalmente, deve estar sob nosso comando, nada mais é que uma sábia artimanha do inimigo para nos afastar vagarosamente de Deus e do seu serviço.” Dito isso ele continuou o seu testemunho, mas foi essa frase me fez pensar...

Filha! Temos sentido sua falta! A viagem para a Austrália causa em nós um sentimento de falta perene. Creio que sentimos sua falta não só em casa, mas também na igreja que a ama tanto.

Sentimos sua falta quando vemos o coral cantando sem a sua mais linda morena. Sentimos sua falta quando vemos os jovens da Mocidade e Adolescentes, alegres e brincalhões, sem você no meio deles.

Deus há de cuidar de você até a volta! Vez ou outra fico pensando quão grande foi a nossa loucura... Deixá-la ir para um país tão distante, com apenas quinze aninhos. E sozinha!

Americana, 16 de fevereiro de 2004