Cânticos de Louvor - 03Exemplo

CONHECI UM GRANDE AMIGO, ELE É FILHO DE DEUS PAI...

Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos. - João 15:13

Filhos, com relação às nossas amizades podemos afirmar com certeza que não temos amigos verdadeiros ou “amigos para sempre”, como diz uma conhecida canção popular. Nossas amizades são sempre circunstanciais, ou seja, necessitam de certas condições para que se mantenham vivas. Falo isso com tranquilidade muito embora seja difícil admitir, mas posso citar alguns exemplos para que vocês reflitam comigo.

As amizades mais circunstanciais e passageiras são aquelas feitas durante uma viagem turística de grupos. Passamos alguns dias juntos de “novos amigos”, conversando, brincando e nos deliciando com a viagem e naturalmente encontramos algumas pessoas com as quais nos identificamos mais e melhor. Fazemos então alegres amizades, que inicialmente nos parecem que serão duradouras; prometemos nos corresponder e nos visitar... Porém, na semana seguinte ou um mês depois, essas amizades serão fatalmente esquecidas. Aquilo que havia começado com tanto entusiasmo termina sem muita importância.

Outro tipo de amizade que dura relativamente pouco são aquelas que fazemos durante os anos de colégio ou faculdade. Essas parecem ser mais firmes, e tudo nos leva a crer que não terão fim; nem pensamos em admitir que serão passageiras. No último ano de um desses cursos é natural uma grande tristeza no ar. Parece-nos que vamos deixar apenas por algum tempo aqueles amigos insubstituíveis. São marcados encontros periódicos com a “tchurma”; alguns propõem jantares e outros encontros que são aceitos por quase todos do grupo. Decorridos alguns anos, esses eventos raramente acontecem, ou quase nunca se repetem. A grande maioria desses amigos de “quatro anos juntos” são esquecidos, com raríssimas exceções. Comigo foi assim!

Bem... e com relação às amizades dentro de nossas famílias? Parece-nos que estas são absolutamente estáveis, pois afinal trata-se do mesmo sangue. Grande engano! Conhecemos famílias onde irmãos não se falam depois de adultos. Cada um de nós poderá se lembrar de algum primo ou prima, com quem tínhamos grande amizade na infância, e que agora já não vemos mais... As amizades tendem a morrer com o tempo, com as distâncias e com as circunstâncias de nossas vidas.

Eu tive um amigo do peito; amizade que durou desde a nossa adolescência até que chegou a maturidade. Embora com personalidades bem distintas, nos entendíamos muito bem. Um sempre procurava ajudar nas dificuldades do outro e a amizade foi se firmando. Começamos a namorar moças de nosso próprio grupinho, e com elas nos casamos, sempre mantendo a mesma tônica de amizade que se tornava cada vez mais firme. Depois de casados a amizade continuou naturalmente, agora entre nossas famílias; os filhos vieram quase que ao mesmo tempo e a amizade era sempre boa e cada vez maior. Tomamos caminhos diferentes na vida profissional e também na vida pessoal; sempre pensamos diferente sobre muitos assuntos, gostávamos de coisas distintas, mas a amizade persistia. Finalmente, ambos fomos convertidos ao Senhor Jesus Cristo, quase que na mesma época.

Agora sim, a amizade só poderia crescer ainda mais, tornando-se mais sólida; afinal “tínhamos alguma coisa em comum!”. Apesar de tantas diferenças individuais eu tinha comigo que aquela amizade seria absolutamente duradoura; principalmente depois de aceitarmos a mesma fé e descobrirmos um grande amigo comum: Jesus Cristo. Mas não foi assim! Aquele meu amigo se foi, porque Deus o chamou no Seu tempo. Creio que com muitos acontece da mesma forma. Achamos que apesar das diferenças, dos desentendimentos e apesar de tudo, aquela determinada amizade irá perdurar... Porém, até quando?

A Bíblia diz que Jesus nos chama de "amigos" e que, por ser nosso amigo Ele nos revela os intentos do Pai (João 15:14-15). Esse é o Amigo fiel e verdadeiro, e nele a gente pode confiar inteiramente. Esse Amigo é eterno, sempre existiu, sempre existirá e não permite que nada nos separe do seu amor. E com Ele não há circunstâncias, pois nos amou a ponto de morrer em nosso lugar; ressuscitou, porém, e nos oferece de presente uma vida abundante, feliz e eterna.

A letra de um cântico diz assim: “Conheci um grande amigo, Ele é filho de Deus Pai! / O seu nome é Jesus Cristo, nele a gente pode confiar! / Você só pode ser feliz / tendo Jesus no coração!”

“Afinal, quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Nada, nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem coisas do presente ou do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo, nosso Senhor” (Romanos 8.35, 38-39).

Ah! Esses versículos de Romanos também foram musicados, e bem. Porém, mais bonita que a canção, é a promessa contida na letra...

Americana, 15 de Novembro de 1996