Cânticos de Louvor - 02Exemplo
NAS ESTRELAS VEJO A TUA MÃO...
Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens. - Lucas 2.14
No domingo dia 21 de Dezembro, o Brasil jogou contra a Austrália na final da “Copa do Rei” (sugestivo este nome, não?). Este torneio foi organizado pela Arábia Saudita, país muçulmano, e o Brasil, na final, se tornou campeão goleando a Austrália por “6 x 0”. Um verdadeiro “banho de bola”, com três “gols” de cada um: Ronaldinho e Romário. No mesmo dia para infelicidade dos palmeirenses, o Vasco foi campeão brasileiro em cima do Verdão.
Mas, o que eu estou querendo falar, não é sobre futebol. É, isto sim, sobre o Natal de Jesus. A “Copa do Rei” foi realizada em época de final de ano, tempo festivo para o povo cristão por causa da comemoração do Natal. Para nós, brasileiros, este fim de ano foi caracterizado por milhares de luzinhas coloridas enfeitando casas, prédios, lojas, árvores, jardins e tudo o mais que se possa enfeitar com elas. Essas pequenas lâmpadas, vindas da China, nestes tempos de globalização, estão espalhadas por toda parte e tornam as cidades mais festivas e mais bonitas. Lembro-me que visitamos Águas de São Pedro juntos com a Nadine, no sábado dia 20. A cidade estava linda e fantasticamente reluzente.
Em função, talvez, desta profusão de lâmpadas coloridas aqui no Brasil, é que ficou muito evidente para os jogadores e jornalistas brasileiros que estavam na Arábia, que aquele povo não celebra o Natal. A televisão mostrava os prédios, as casas, as árvores e tudo o mais, sem uma lampadazinha sequer. E isso virou notícia no Brasil, afinal “eles não têm Festa de Natal”; eles não comemoram o Natal; eles não enfeitam nada, não dão presentes uns para os outros, não acreditam em Papai Noel, não se preocupam com isso. E isso foi notícia!
Então comecei a me perguntar sobre o seguinte: Como eles nos veriam? O que, no Brasil, “seria notícia” para os árabes? Será que o fato de termos tantas luzinhas penduradas seria motivo de reportagens, se a “Copa do Rei Pelé” fosse disputada no Rio de Janeiro? Como seria a visão muçulmana da nossa “Festa de Natal”? Pensei em uma notícia mais ou menos assim, publicada em um jornal de Riad:
“As coisas aqui no Brasil são muito curiosas e diferentes. Nesta época do ano, eles gostam de enfeitar toda a cidade usando pequenas lâmpadas que importam da China e outros penduricalhos, como laços vermelho-e-verde importados dos Estados Unidos da América. Usam também figuras de um velho homem, e adereços que lembram os países onde há frio intenso e neve, embora aqui seja muito quente. Tudo fica muito bonito, embora sem nenhuma originalidade, e esse povo brasileiro faz isso como parte das comemorações do Natal, festa que marca o nascimento de Jesus Cristo, profeta que eles acreditam ser o único meio de se alcançar a graça e a misericórdia de Deus. Na verdade, eles creem que Jesus é o próprio Homem Deus! Por isso eles comemoram a festa de seu nascimento, e comemoram comprando coisas num consumismo desenfreado, comendo exageradamente, presenteando-se mutuamente e divertindo-se com muita música e alegria, quase sempre às custas de grandes doses de bebida espirituosa. Como o dia do Natal é feriado, o povo costuma viajar bastante e por conta disso ocorrem muitos acidentes nas estradas, muitas vezes com vítimas fatais. As praias ficam superlotadas, o que dá ensejo também à ocorrência de diversos outros problemas. O povo também aproveita essa época do Natal para festejar o fim de mais um ano e entrada de um Ano Novo. As festas de Passagem de Ano, são marcadas por fogos de artifício, farras luxuriantes, libertinagem e muita, mas muita bebida alcoólica. Aproveitam também para fazer oferendas a outros deuses, de diferentes cultos bastante populares por aqui. Nesta época o povo gosta de se vestir preferencialmente com roupa branca, para que possam receber bons fluidos de espíritos, nos quais também creem e são devotos. E as lampadazinhas continuam brilhando em toda parte! Tudo muito diferente de Riad, cidade que tão bem conhecemos e amamos!”
“Nas estrelas vejo a sua mão, e no vento ouço a sua voz. / Deus domina sobre terra e mar! / E o que ele é prá mim? / Eu sei o sentido do Natal, pois na história tem o seu lugar. / Cristo veio para nos salvar! / O que ele é pra mim? / Até que um dia seu amor senti, sua imensa graça recebi, descobri então que Deus não vive longe lá no céu, sem se importar comigo! / Mas agora ao meu lado está, cada dia sinto o seu cuidar, ajudando-me a caminhar! / Tudo ele é prá mim! / Tudo é Jesus para mim!”
Tatuí, 23 de Dezembro de 1997
As Escrituras
Sobre este Plano
Segundo plano com base em letras de antigos Cânticos de Louvor... Década de 90!
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