40 Dias Com TiagoExemplo

Você sabe a diferença entre a provação e a tentação?

Já estudamos a respeito da provação. Estamos juntos, mergulhando no livro de

Tiago. Entramos numa parte onde Tiago nos convida a lutar contra nossas

tentações. As palavras tentação e provação nesse texto possuem a mesma raiz, no

grego (Peirasmos), mas Tiago fez uma distinção entre elas. Nos primeiros versículos

do capítulo 1, falou a respeito da provação e agora, da tentação, afirmando que

Deus nos prova, mas não nos tenta.

Assim, algo bom (provação) pode se tornar algo ruim (tentação) em razão do pecado

que habita em nós. O nosso coração pode transformar uma provação em tentação.

Por exemplo, Deus permite que uma situação aconteça para provar nossa fé e nós

murmuramos.

Todos seremos tentados nas mais diversas áreas da vida, e, por isto, precisamos

ficar atentos contra o engano (v.16). Tiago oferece preciosos conselhos para que

vençamos as tentações. Hoje veremos o primeiro conselho:

Não transferir a responsabilidade

Tiago disse: "Ninguém diga: estou sendo tentado por Deus”, isto é, temos que

assumir a responsabilidade pelo que fizemos. Quando tentado, ninguém deve dizer

que está sendo tentado por Deus, por dois motivos: 1o) Deus não pode ser tentado

pelo mal porque sua natureza é santa e o mal é contrário à natureza divina; e 2o)

Deus não tenta ninguém. A provação (situação permitida por Deus) não tem o

propósito de se tornar uma tentação e, muito menos, produzir uma reação

pecaminosa nos seus filhos.

Desde o Éden, o ser humano manifesta a tendência de transferir suas

responsabilidades para o outro. Após pecar, o homem transferiu para mulher e para

Deus, a responsabilidade pelo seu pecado (Gn 3.12); e a mulher, por sua vez, jogou

a culpa na serpente (Gn 3.13). Sempre queremos transferir a responsabilidade, pelo

nosso pecado, para Deus, para o diabo ou para as pessoas. Como resultado, quase

nunca assumimos a responsabilidade pelo que fizemos.

Isto acontece até em coisas simples como quebrar um copo. Dizemos: “Ele

simplesmente caiu”, ao invés de “eu deixei cair”. Quantos de nós vive dando

desculpa para nossos atos pecaminosos, como “Sou ganancioso porque Deus me

fez pobre”, “Desviei o dinheiro porque Deus me deu uma promoção no trabalho e

fiquei diretamente responsável pelo caixa” ou “Comento tudo que escuto porque

puxei isto da minha mãe”.

Pergunta para reflexão:

Você acha que nós, geralmente, assumimos a responsabilidade pelos nossos atos?

Assuma a sua responsabilidade

Precisamos aprender com Davi. Ao ser confrontado por Natã, por ter se relacionado

sexualmente com Bete-Seba, Davi não jogou a responsabilidade sobre ela ou em

qualquer outra pessoa, mas disse que ele, e somente ele, havia pecado: “Então

Davi disse a Natã: "Pequei contra o Senhor!" E Natã respondeu: "O Senhor

perdoou o seu pecado. Você não morrerá”. (2 Samuel 12:13).

Certa vez, uma revista inglesa pretendeu fazer uma matéria de capa a respeito do

tema: "O que havia de errado com o mundo”. Direcionou a pergunta a diversos

filósofos e a resposta de G. K. Chesterton foi: “prezados senhores, eu!”.

Conclusão:

Entenda que, se quiser vencer as tentações que surgem em sua vida, você terá que

aprender a não transferir as suas responsabilidades. Chame no peito. Assim, da

próxima vez, você pensará duas vezes antes de ceder àquela tentação.

Decida:

Assuma seus pecados e mude.