40 Dias Com TiagoExemplo

Você acha que existe discriminação no Brasil por algum motivo, por exemplo, étnico

ou social? Se sim, que outros modos de discriminação você consegue identificar?

Tiago termina o capítulo 1 falando a respeito da religião verdadeira, que é aquela

que pratica a Palavra de Deus. No capítulo 2, vai exemplificar esta verdadeira

religião. Uma forma de testar nossa fé e prática da Palavra de Deus é observar a

forma como tratamos as pessoas. Aqueles irmãos, a quem Tiago escreve, estavam

vivendo o problema da parcialidade, estavam discriminando as pessoas pela

estética. Este é um dos maiores desafios da Igreja: não olhar para as pessoas como

cifrões de dinheiro, por exemplo, ou pelo que elas têm de bens materiais. Vivemos

em um mundo estético, mas a Igreja não pode ser tomada por essa cultura.

PRECISAMOS DECIDIR NÃO DISCRIMINAR

Discriminar, neste texto, traz a ideia de “pôr a parte”. É exatamente isto que aqueles

cristãos estavam fazendo: colocando os pobres à parte.

No versículo 1, Tiago é categórico ao afirmar que os crentes em Jesus Cristo não

fazem diferença entre as pessoas, não as tratam com favoritismo/parcialidade. Ele

começa chamando o seu público de “meus irmãos”, indicando que todos são

iguais.

Nos versículos 2 e 3 ele conta uma história que faz referência à parcialidade, quando

dois visitantes, ou quem sabe, dois irmãos da Igreja, chegam ao ambiente: um rico e

um pobre. Vejamos as diferenças entre eles:

RICOS:

Anel de ouros e roupas

Atenção especial

Lugar apropriado

POBRES:

Roupas velhas e sujas

"Disseram" (somente fala)

Fique em pé ali ou sente-se no chão

No versículo 4 temos o veredito, a comprovação de que isto é discriminação,

julgamento por critérios errados. As palavras diferentes (“não façam diferença”) e

parcialidade são a tradução de uma palavra grega que, literalmente, significa

“receber o rosto”. Receber o rosto é fazer julgamentos e estabelecer diferenças

baseadas em considerações externas, é tratar de acordo com o rosto, com a

aparência. Por este motivo já podemos estender a discussão não só para questões

de ricos e pobres, mas para qualquer outra situação em que for identificada

parcialidade baseada em fatores externos (a parcialidade não existe só por motivos

externos. Valores, crenças e experiências são fatores internos e que nos levam à

parcialidade. Mas aqui estamos avaliando fatores externos).

A ideia de justiça nas relações, de não cometer parcialidade, vem desde o Antigo

Testamento (Deuteronômio 1.17; Provérbios 24.23). Levítico traz uma lei a respeito

deste tema: "Não cometam injustiça num julgamento; não favoreçam os

pobres, nem procurem agradar os grandes, mas julguem o seu próximo com

justiça." (Levítico 19:15).

Em João 7, quando Jesus estava na festa das cabanas, subiu no templo para

ensinar e questionou a parcialidade quanto à questão do sábado. A pergunta foi: é

por que um menino podia ser circuncidado no sábado para cumprir a lei de Moisés e

Jesus não podia curar no sábado? No versículo 24, ele dá uma orientação: “Não

julguem apenas pela aparência, mas façam julgamentos justos" (João 7:24).

Dizer que devemos tratar as pessoas com parcialidade é muito fácil, mas é preciso

entender que esta exigência muda a práxis (prática) da Igreja. Quer um exemplo?

Qual seria a sua reação se o Lula viesse a um culto em nossa igreja? Como você o

trataria? E se fosse o Bolsonaro? Eles seriam tratados de acordo com o seu rosto?

Na Igreja de Jesus não deve haver nenhum tipo de discriminação ou parcialidade

como racismo, homofobia, sexismo ou quaisquer outros tipos de discriminação.

Nosso padrão é Jesus que acolheu pobres e ricos, os religiosos e os publicanos os

doentes e as crianças, os israelitas e os gentios, como encontramos em

Colossenses 3:11: “Nessa nova vida já não há diferença entre grego e judeu,

circunciso e incircunciso, bárbaro e cita, escravo e livre, mas Cristo é tudo e

está em todos”.

Pergunta para reflexão:

Você tem discriminado alguém?

Conclusão:

Olhe para as pessoas como, de fato elas são amadas por Deus, independentemente

de sua cor, condição financeira ou qualquer outra coisa.

Decida:

Não discriminar!