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Jejum: A Mortificação Que Gera Vida

O jejum é uma disciplina, profundamente enraizada na história e vida cristã. Através das Escrituras, vemos homens de Deus como Moisés, Esdras, Daniel, Paulo e o próprio Jesus jejuando. Em alguns momentos, há chamados para o povo jejuar. Isso nos ensina que o jejum não deve ser visto como algo ocasional ou esporádico, mas como uma prática regular e essencial para a nossa caminhada com Deus.

Quando Jesus foi questionado sobre o motivo de seus discípulos não jejuarem como os discípulos de João ou os fariseus, Ele respondeu:
“Podem estar tristes os convidados para o casamento enquanto o noivo está com eles? Dias virão, porém, em que o noivo lhes será tirado, e nesses dias jejuarão.” (Mateus 9:15).

Além disso, Jesus também disse: “Mas você, quando jejuar...” (Mateus 6:17). Note que Ele não disse "se jejuar", mas "quando", isso deixa claro que Ele espera que o jejum faça parte da nossa vida.

O que seria então, o jejum? Ele está diretamente ligado à abstenção de alimento, mortificando o corpo físico para nos voltarmos inteiramente ao Senhor. Não se trata de jejuar de redes sociais, hobbies ou outras atividades, embora essas práticas possam ser úteis para nos afastar de distrações, elas não são um tipo de jejum. O jejum bíblico é, antes de tudo, uma entrega completa, renunciando ao alimento para buscar a Deus com mais profundidade.

E aqui temos um ponto fundamental: o jejum não é uma moeda de troca com Deus. Não jejuamos para barganhar bênçãos ou manipular a vontade divina. O propósito do jejum não é mudar Deus, mas mudar quem jejua. Ele nos ajuda a alinhar nossos desejos à vontade do Senhor, mortificando o nosso ego e renovando o nosso espírito.

O Salmo 69:10a diz: “Quando chorei e castiguei com jejum a minha alma”, nos mostra que o jejum é portanto, uma disciplina de autonegação diante de Deus.

E, embora pareça contraditório, é por meio dessa mortificação que encontramos vida — uma vida nova, plena e transformada pela presença de Deus.

Que neste ano, o jejum seja uma prática constante em nossa jornada de fé. Que ele nos ajude a mortificar o velho homem e nos capacite a receber o novo de Deus em nossas vidas.