Dia a dia com Deus — Uma conexão profunda com o SenhorExemplo

PALAVRA E PROMESSA

Como autor, já assinei alguns contratos. E pedi a outros para assiná-los também. O que mais me desagrada neles são suas cláusulas intermináveis e o minucioso jargão legal.

Estamos em uma era de muitos litígios. Sabemos que oportunistas, com advogados bem pagos, podem encontrar brechas legais em tais documentos e convertê-las em dinheiro. Por isso, nossos contratos se tornam cada vez mais longos.

Certa vez trabalhei num livro de entrevistas. A recomendação legal era de que cada entrevistado assinasse um contrato confirmando sua participação no livro. Todos o fizeram — exceto um.

“Minha palavra é minha promessa,” disse essa pessoa, causando ansiedade em meu time gerencial. Mas acreditamos em sua palavra.

Um voto nos tempos do Antigo Testamento era uma promessa feita diante de Deus, que tinha que ser cumprida (Números 30:2; Deuteronômio 23:21). Os fariseus, porém, tinham maneiras engenhosas de escapar pelas brechas de tais promessas. Para eles tudo dependia da forma como o voto era feito. Um voto jurado pelo “templo” poderia ser quebrado, mas não o jurado pelo ouro do templo (Mateus 23:16,17). Um voto pelo “altar” não era obrigatório, mas outro jurado pela oferta no altar o era (vv.18-22). Um voto simples poderia ser esquecido, mas aquele feito ao “Senhor” tinha que ser mantido (5:33). Jesus não teria feito nada disso.

Tanto faz se você jura pelo templo, altar, céu ou terra. Já que tudo pertencia a Deus, todos os votos eram feitos para Ele (vv.34,35). De fato, para Jesus qualquer voto era problemático. “Que o ‘sim’ de vocês seja sim, e o ‘não’ não”, Ele ensinou. O restante seria repetir fórmulas, que permitiam a quebra de promessas.

“Minha palavra é minha promessa” até o momento meu entrevistado manteve sua palavra. Jesus ficaria satisfeito.

Sheridan Voysey

CONSIDERE

Em que situações você tende a quebrar seus votos ou promessas? O que prometeu e não cumpriu? Por quê?