Daniel, Um Profissional Jovem E FielExemplo

Quando temos sucesso, não há forma de evitar a inveja e a resistência. Daniel sente isto na pele quando o rei considera fazê-lo governador de todo o reino (Dan. 6:4). Os outros governadores ficam com inveja e tentam destruí-lo. Contudo, não conseguem encontrar nada desonesto de que o acusar, exceto a sua fé no Deus de Jerusalém. A inocência de Daniel não vai ajudá-lo. Ele acaba na cova dos leões (Dan. 6:17-23). Da mesma forma, a nossa inocência não vai ajudar-nos se estivermos no caminho de certas pessoas. Vamos sentir isto na pele quando nos virem como competição e tentarem destruir-nos. Vão usar intrigas, rumores, manipulação, chantagem e outras táticas: algumas pessoas farão tudo para atingir os seus objetivos. Os bons não ganham sempre. Pelo contrário: numa cultura competitiva, infelizmente, a admiração vai para o sobrevivente ou vencedor, mesmo que ele tenha usado meios ilegais. Demasiadas vezes, a única coisa que importa é o vencedor. Mas Daniel recusa-se a conformar-se. Continua a ser quem é e mantém a sua fé em Deus (Dan. 6:11). É Deus que o dirige quando as coisas ficam difíceis (Dan. 6:22-23) e lhe dá um novo futuro. "E Daniel prosperou durante o reinado de Dario e, depois, durante o de Ciro, rei dos persas" (Dan. 6:29).

Quando pensamos sobre encontrar felicidade no nosso trabalho ou carreira, não deveríamos focar-nos num conjunto limitado de posições ou possibilidades. Quando o fazemos, começamos a pensar em termos de escassez e competição. Acabamos numa cultura de luta contra a concorrência. Em vez disso, mesmo no nosso trabalho, é importante pensar em termos de chamada e serviço. Se procurarmos a nossa satisfação em servir, amar e abençoar, conseguimos encontrar felicidade em qualquer emprego, posição ou circunstância.

Isto faz-me pensar na história de Henk, um empresário no sector de construção. Um dia, um empreiteiro na sua cidade declarou bancarrota. Pouco tempo depois, numa visita a Henk, cruzei-me com este empreiteiro a sair da casa dele. Quando lhe falei disto, ele respondeu "Sim, ajudei-o com um empréstimo para que ele possa começar uma nova empresa." Fiquei surpreendido e perguntei-lhe "Porque haverias de ajudar a concorrência a começar outra empresa?" Henk respondeu "Quero fazê-lo, simplesmente. Faz-me feliz. Além disso, acredito que Deus é capaz de nos dar mais do que tu e eu conseguimos ganhar juntos."

Podemos viver do que Deus nos dá e da sua graça. Ter esta noção dava a Henk a liberdade e a oportunidade de não se sentir ameaçado e de ajudar um colega porque queria servi-lo.

Pergunta do dia

Como vejo os meus colegas na empresa e fora dela?