5 Solas: Cinco Motivos De EsperançaExemplo

SOLUS CHRISTUS
Somente Cristo

Em Colossenses 2:6-10, Paulo adverte os crentes da cidade de Colossos a permanecerem firmes na fé, “como foi ensinado a vocês”, e alerta sobre os perigos das filosofias e tradições humanas que buscam adicionar algo à obra de Cristo. Ele enfatiza que “nele [Jesus] habita corporalmente toda a plenitude da divindade” e que, em Cristo, os crentes já receberam “a plenitude”.

Este é o fundamento do princípio reformador "Solus Christus" — a salvação vem somente por Cristo, sem a necessidade de obras adicionais ou mediadores humanos.

Na Idade Média, a Igreja Católica ensinava que os fiéis poderiam comprar indulgências para assegurar sua salvação, uma prática que os reformadores, como Lutero, denunciaram veementemente. Eles reafirmaram a verdade bíblica de que Jesus é o único mediador entre Deus e os homens, e que Sua obra na cruz é completa e suficiente.

Da mesma forma que os colossenses enfrentaram heresias que tentavam desviar o foco de Cristo, hoje também somos tentados a buscar “algo mais”. Podemos, inconscientemente, adicionar outros elementos à nossa fé, acreditando que a salvação depende de Cristo e nossas boas obras, nossa moralidade, nosso tempo dedicado à igreja, nossa caridade, nossa robustez teológica, ou mesmo nossa posição política. No entanto, Paulo nos lembra que já estamos “enraizados e edificados” em Cristo. A graça que nos alcançou é a mesma que nos sustenta.

Assim como uma árvore cresce à medida que suas raízes se aprofundam, nossa fé também se fortalece à medida que Deus Pai nos firma em Cristo. Ele é a “pedra angular” na qual Deus edifica nossas vidas. Por mais que sejamos tentados a colocar outras coisas no lugar Dele — sejam bens materiais, reconhecimento ou até mesmo boas ações — nada pode nos dar a firmeza que somente Cristo pode oferecer.

Além disso, Paulo nos lembra que a vida cristã é marcada por fé e ações de graças. Se compreendemos verdadeiramente o que Jesus fez por nós, nossa resposta natural é viver uma vida cheia de gratidão, reconhecendo que não há nada que pode ser acrescentado, ou que possa anular a obra que Ele já realizou. Nossa identidade não é determinada pelo que fazemos, mas pelo que Cristo fez por nós. Como disse Martinho Lutero, “A cruz de Cristo somente é a nossa teologia”.

Ao refletirmos sobre esse texto, devemos nos perguntar: estamos realmente enraizados em Cristo? Ou estamos sendo atraídos por soluções rápidas e “falsas promessas” que nos são oferecidas? Continuamos vivendo Nele, crescendo em fé e gratidão? O Jesus que foi suficiente para nos converter continua sendo suficiente para nos preservar na fé?

Cristo já fez tudo o que era necessário para a nossa salvação e Ele é suficiente para nos reconciliar com Deus. Quando colocamos nossa confiança em algo além Dele, estamos negando a supremacia da cruz de Jesus.

Portanto, que possamos viver somente para Cristo, lembrando sempre que Ele é o Senhor que recebemos.