Redescobrindo a Dignidade em DeusExemplo

Vivendo o que Pregamos

Paulo, em sua carta aos Romanos, destaca uma realidade espiritual que muitos de nós enfrentamos: a incoerência entre o que pregamos e o que vivemos. Ele fala sobre pessoas que conhecem a lei de Deus, que ensinam os outros sobre o certo e o errado, mas falham em viver de acordo com esses mesmos ensinamentos. Essa duplicidade desonra a Deus e, como Paulo menciona, o nome do Senhor é blasfemado entre os incrédulos por causa disso.

Mas o que está por trás dessa incoerência? Muitas vezes, não é simplesmente hipocrisia ou rebeldia. Há algo mais profundo: uma sensação de indignidade. Quando mentimos sobre o valor de algo que adquirimos ou escondemos certos aspectos de nossa vida, isso pode revelar um sentimento de que não merecemos aquilo que possuímos. Esse sentimento de indignidade pode ser tão profundo que nos leva a agir de maneira desonesta, não porque queremos enganar, mas porque temos medo de sermos julgados.

Ao mentirmos sobre algo tão simples como o preço de um sapato, por exemplo, estamos, na verdade, revelando uma insegurança sobre quem somos e o que merecemos. A raiz desse problema está na nossa percepção errada de nós mesmos. Muitas vezes, não nos sentimos dignas nem mesmo de sermos chamadas filhas de Deus. Essa lacuna emocional precisa ser preenchida pela verdade de que, em Cristo, somos amadas, aceitas e dignas. Precisamos viver de acordo com essa verdade, refletindo a integridade que Deus espera de nós. Quando nos apropriamos dessa verdade, começamos a viver de forma coerente, sem medo ou vergonha, e isso honra o nome de Deus diante dos outros.