Doses de Cura para o CansaçoExemplo

Você já ouviu a expressão “quem paga mal, paga duas vezes”? Quando não confiamos em Deus e deixamos de obedecer ao princípio do descanso, acabamos sendo forçados a descansar da pior maneira e na pior hora possível.

Só hoje o mercado profissional está entendendo aquilo de que a Bíblia já tratava milênios atrás. Durante muitos anos, pensava-se que trabalhar melhor era trabalhar mais. O descanso laboral foi sendo reduzido, enquanto a quantidade de faltas e de pedidos de licença por enfermidade foi aumentando. Em 2022, a Organização Mundial de Saúde reconheceu a síndrome de burnout (síndrome do esgotamento profissional) como uma doença. Estima-se que aproximadamente 30% dos trabalhadores estejam acometidos por seus efeitos. Ou seja: mais trabalho não significa mais produtividade!

Justamente no período de pós-pandemia, quando as empresas mais precisavam dos funcionários produtivos, começou a se espalhar pelo mundo um movimento denominado “quiet quitting” (demissão silenciosa), em que o empregado produz apenas o mínimo necessário para manter seu emprego. O resultado disso é que empresas ao redor do mundo começaram a testar uma semana de quatro dias de trabalho, na tentativa de atrair e reter talentos, melhorar o engajamento dos funcionários e aumentar sua qualidade de vida.

O mercado de trabalho aumentou a carga horária, reduziu o descanso dos funcionários e agora está pagando duas vezes: perdendo seus funcionários por exaustão, perdendo dinheiro em licenças médicas e em treinamento de novos funcionários e até perdendo um dia de produção por semana.

Quem não dá ouvidos a Deus paga duas vezes. A Palavra de Deus não muda. Quando resistimos a obedecê-La, nós é que sofremos as consequências. No assunto do descanso, temos um exemplo bíblico muito forte, quando o povo de Israel se recusou a dar descanso para a terra conforme a Palavra do Senhor.

Deus havia mandado que, a cada sete anos, os israelitas concedessem um ano de shabat para a terra e não semeassem ou podassem nada nela (Levítico 25:1-7). Se já achamos difícil deixar de trabalhar um dia, imagine ficar sem trabalhar no campo, local de onde se extrai seu sustento, por um ano inteiro! Que nível de confiança em Deus isso exigiria!

Obviamente, Israel pagou para ver. E pagou duas vezes. Por não terem deixado a terra descansar, os israelitas foram levados para o cativeiro da Babilônia por setenta anos, até que a terra forçosamente ficou deserta e cessou sua produção.

O contrário do descanso não é o trabalho, é a servidão! Todas as vezes que abrimos mão do descanso, nos colocamos em situação de cativeiro e chegará o momento em que não poderemos escolher se queremos ou não descansar.