O Sermão do Monte - A FelicidadeExemplo

Muito se fala de graça e misericórdia.

A misericórdia se apresenta quando Deus não nos dá o que merecemos, ou seja, a morte espiritual; isso é a misericórdia de Deus sendo manifestada. Já a graça se mostra quando Deus nos dá o que não merecemos. A salvação da morte e, portanto, a consequente vida eterna.

“Abençoados são vocês, que se preocupam com o bem-estar dos outros. Na hora em que precisarem de ajuda, também receberão cuidado."

OS QUE MOSTRAM MISERICÓRDIA, A RECEBEM!

JOHN STOTT

MISERICÓRDIA E GRAÇA

Bem aventurados os misericordiosos, porque obterão misericórdia (Mateus 5.7).

Jesus observa, na quinta bem aventurança, que felizes são as pessoas misericordiosas. Um líder cristão de nossos dias repete: ”Jesus Cristo ensinou que o homem não só recebe e experimenta a misericórdia de Deus, mas é chamado a ter misericórdia para com os demais”.

É necessário, portanto, entender o que significa esta palavra, ‘misericórdia’. Deus, tem em suas mãos a “misericórdia e a graça”, e nos oferece ambas. Como entendê-las?

A graça está no fato de que Ele nos dá aquilo que não merecemos; a misericórdia está no fato de que Ele não nos dá aquilo que realmente merecemos. Assim, Ele nos dá o perdão que não merecemos, e que é graça, e não nos dá a punição que realmente merecemos, e isto é misericórdia.

Misericordioso é aquele que perdoa inteiramente e que procura o seu ofensor com a atitude correta de trazê-lo de volta à amizade. Para tomar esta atitude, Jesus nos ensina que temos necessidade de fazermos uma avaliação pessoal. “Como é que você pode dizer ao seu irmão: ‘Deixe-me tirar esse cisco do seu olho’, quando você está com uma trave no seu próprio olho? Hipócrita! Tire primeiro a trave que está no seu olho e então poderá ver bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão.” (Mateus 7.4-5). Quem julga, tem falta de misericórdia!

Vejamos quais consequências sofre uma pessoa que não consegue perdoar: ressentimento — ferida que não se cicatriza; maledicência — achando-se no direito de falar mal de outros; crítica amarga — ao não apreciar o lado bom de outros; condenação — ao assumir a posição de juiz e de dono da verdade; desejo de vingança — ao desejar somente a condenação pelo que foi feito e, finalmente, formação de raiz de amargura — ao ter a vida centrada em si mesmo, alimentando a incapacidade de ver um pedaço de pau em seu próprio olho.