Buscando a Deus em PoemasExemplo
A dor daquela cruz
Aquela cruz era um tanto mais sombria
do que qualquer outra passada
ou futura que se ergueria.
Comprida, maciça, romana e sagaz
destino do assunto do leva e traz
que se espalhava a cada cidade.
Pesada ela era, e um tanto cabal
distante ela estava do castiçal
onde se esperaria que a luz do mundo
repousasse
e se exibisse —
perfurado ele foi
e nada disse.
A cruz era intimidante
para se dizer o mínimo
a madeira era massacrante
e seu labéu era contínuo.
E o homem nela pregado
morrediço entre dois vizinhos
havia sido coroado
com terrível coroa de espinhos.
Enquanto ele agonizava
em todos os tons de vermelho
multidão o rodeava
em degradês de reações:
Alguns caçoavam aferros
no alto do pequeno cerro —
duros eram os seus corações.
Já outros, sofriam de angústia
como se o ar de seus pulmões
se fosse com o seu Senhor
tamanha era a dor!
como a de aguilhões.
Seu sangue cobria a terra
pingava quase ritmado
sempre um pouco mais pesado
como se travasse guerra
mais velha que o mediador
e menor do que a eternidade
que transparecia em seu rosto
apesar de ele ter pouca idade.
A madeira seguia tão rígida
quanto era a postura dos guardas
que somente guardavam no interno
curtos e feios corruptos nadas.
Depois do evento distinto
que estava a se transcorrer
não havia caminho a seguir
muito menos a quem se correr.
Nenhuma certeza se tinha
somente a de que Israel
nunca fora tão gelada
como a nação se fez
quando a luz foi rejeitada.
E morria o rei dos judeus!
secava melada a sua carne
sem sequer algum alarme
soar nos ares por parte dos seus.
Ainda assim —
a sua aura deixava legado
de sumo Rei que vencera o pecado
e proclamara forte o fim
da separação de seus eleitos
e aqueles chorosos humanos sujeitos
de alguma maneira, a qualquer segundo
farão tudo aquilo que o mestre semeou
em celeste ousadia, mudarão o mundo
porque o dono da cruz nesse dia os amou.
E não existe glória nenhuma
senão a glória daquele homem
que para agrado de seu Pai
entre cravos que consomem
pôde dizer “tetelestai.”
Precioso ele é mais que a vida
poderoso ele é mais que Roma
e a revelação do seu ser
é mais deleitante que doce aroma.
Barrabás solto estava nas ruas
e do nazareno, as pernas nuas
diziam que até o final
trilhariam vereda estreita
mas que seria triunfal:
seus passos já tinham colheita.
E um jovem estava com ele
assistindo o mesmo coração
que escutara bater em seu peito
abatido ser sem ter condenação.
“Mas Rabi, tu és inocente
messias tu és, e divino!
como pode por toda essa gente
levar o salário como pequenino?”
Os pregos tilintam ardentes
o horizonte já se apagava
fariseus bradam visceralmente
e o Filho ainda sangrava.
A humanidade pensava orgulhosa
que castigo a ele em justiça trazia
mas como era cega: pagava por ela!
e o seu castigo, do céu que descia.
Aquela cruz era diferente
de tudo que se há para ver
e permanece sendo suficiente
pois foi nela que Deus esteve a sofrer.
A cena seguia penosa
resumiremos pois a narrativa
cujo cerne é vitorioso
e rege universo de forma altiva.
Quando Cristo calou-se de cálice
se fazendo da história o ápice
ainda era só sexta-feira
mas domingo, a verdade se esgueira
e verão que a dor dessa cruz
pouquíssimo tinha
raiz em madeira.
As Escrituras
Sobre este Plano
Temos um Deus criativo ao se expressar, que se revela desde a criação até letras escritas em papel, telas e tábuas de carne que são os corações dos seus. Que tal nos encontrarmos com Ele de um jeito novo, acompanhado da mesma Bíblia de sempre? Este plano busca trazer à tona o evangelho, os atributos de Deus e a beleza da Palavra; para alargar nossa admiração pelo digno Senhor.
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Gostaríamos de agradecer ao Linda Dutra por fornecer este plano. Para mais informações, visite: https://www.instagram.com/lindadtr?igsh=cXVraDJkdXJ3YzV5