Sem Medo!Exemplo

Com medo do improvável? Por quê?

Um menino voltou para casa depois da Escola Bíblica. A mãe perguntou o que a professora havia ensinado. Ele disse que ela havia contado uma história da Bíblia. Pela insistência da mãe, com impaciência, ele resumiu a narrativa com linguagem de ficção científica. A mãe, incrédula, perguntou se a professora realmente havia ensinado aquilo. Ele respondeu que não tinha sido daquele jeito, mas que se usasse as palavras da professora a mãe não acreditaria.

Não me surpreendo com quem não crê na Bíblia e concordo que ela contém muitos relatos ‘improváveis’.

Lee Strobel fez um percurso interessante do ateísmo ao que ele chamou de resposta racional às evidências da autorrevelação de Deus na natureza, na natureza humana, nas Escrituras e no Seu Filho ressurreto, ou seja, a fé. A última coisa que ele queria era uma fé ingênua edificada sobre um tênue fundamento de devaneios ou faz-de-conta.

É o dilema de muitos cristãos – como aplicar o que parece faz-de-conta à complexidade do mundo pós cristão em que vivemos?

Josafá, rei de Judá (873 a.C), pode ajudar na resposta. Israel dividiu-se politicamente após o tempo de paz com Salomão. Os conflitos se tornaram constantes e países vizinhos lançaram um ataque contra Josafá. Quando ele soube, ficou aterrorizado. Sua última experiência na guerra fora vexatória e quase lhe custara a vida. A nação foi convocada para um jejum e Josafá levantou um clamor lembrando promessas e livramentos.

A resposta de Deus foi ‘improvável’: “quando os encontrarem, porém, não terão de lutar. Tomem suas posições; depois, fiquem parados e vejam o livramento do Senhor. Ele está com vocês [...] não tenham medo nem desanimem. Saiam para enfrentá-los amanhã, pois o Senhor está com vocês!”. (2 Cronicas 20.17)

O que você diria dessa ordem? Imagine quanto pavor causou. Um exército se aproximando e cada soldado pensando – basta ficar parado! E para completar, o rei colocou os cantores na linha de frente. A cara do desespero, não é?

Não quero dizer que daqui para frente eu e você enfrentaremos nossas batalhas parados e cantando. A grande lição está na oração de Josafá, que terminou com a seguinte declaração – ‘não temos forças para lutar com esse exército imenso que está prestes a nos atacar. Não sabemos o que fazer, mas esperamos o socorro de quem de ti’. Deus ouviu o clamor e promoveu uma grande confusão entre os exércitos inimigos, que se destruíram mutuamente, dando a Israel uma vitória inimaginável.

Não temos respostas para todos os problemas. É melhor que seja assim. Em muitos momentos não haverá o que fazer, exceto aguardar e confiar nEle. Nossas lutas não são nossas, são dele. A capacidade para vencê-las não está em nós, está nEle.

Não tenha medo do improvável!

Wilson Avilla