UM FAROL POR DIAExemplo

Alfa e Ômega

“Foi, pois [Jesus], a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó tinha dado a seu filho José. E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase à hora sexta. Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber”.

João 4:5-7 (ARC)

Não é de se estranhar que, no início, a conversa entre Jesus e a Samaritana tenha sido um pouco tensa. Para ela, era mais um homem, mais um dedo apontado, mais um potencial opressor que a fazia lembrar de sua sede e do porquê de estar ali naquele horário, naquelas circunstâncias. Tudo a fazia lembrar que ainda não havia encontrado o que procurava.

O encontro de Jesus com a mulher Samaritana é uma das mais fascinantes histórias da Bíblia. É uma história de redenção com a qual podemos nos identificar, pois de uma forma ou de outra cada um de nós precisa ser saciado em sua sede: sede de aceitação, sede de reconhecimento, sede de amor verdadeiro, sedes que se escondem e se disfarçam em obstinação, controle, ansiedade, manipulação, ira passiva, cinismo, desânimo, incredulidade e um sentimento de que o mundo nos deve algo. Esses são sintomas de um vazio na alma que nenhum bem, relacionamento ou conquista é capaz de preencher.

Nós não somos melhores que aquela mulher.

Imagine a quantidade de vezes que a Samaritana já tinha ido àquele poço se sentindo indigna, provavelmente nutrindo um sentimento de amargura em relação à forma como era tratada pela sociedade. Ela carregava e enchia um cântaro que a satisfazia momentaneamente, mas era incapaz de saciar sua sede interior.

Aquela mulher havia se encontrado com muitos homens e vivido situações de vergonha, mas aquele encontro seria o último.

Ela nunca havia se encontrado com um homem que a tivesse tratado com dignidade; aquele seria o primeiro.

Finalmente ela conheceria e se encontraria com Jesus, o primeiro e o último — o Alfa e o Ômega.