A graça que frutifica esperança em nós

Ageu realizou um alerta final ao povo no capítulo 2 do pequeno livro que registra suas profecias. Novamente, ele trouxe atenção para os perigos de uma vida de pecado, comparando essa situação a alguém que pega em algo impuro e não só se contamina, mas passa a impureza para tudo que toca.

Assim como acontecia com aquele povo, acontece conosco: quando estamos imersos no pecado, nossas ações e pensamentos são contaminados. O pecado muda nosso olhar sobre as coisas. Passamos a ver o mundo através das lentes da tentação, da cobiça, do medo, da dor… Nos afastamos cada vez mais de Deus e damos lugar ao que não Lhe agrada.

É em nossa fraqueza que o Pai se manifesta para demonstrar Seu poder, ressaltando de onde vem a verdadeira força. Deus mostrou aos judeus que, se eles confiassem em suas próprias habilidades para prosperar, seriam frustrados. As catástrofes naturais ameaçavam a colheita, que já havia sido bastante inferior ao esperado. Esse mesmo Deus usa nossas dores e frustrações para revelar nossa incapacidade, como fez com aquele povo.

Mas é também esse Deus que oferece esperança e bênção a pecadores como nós. Esse é o sentido da graça: favor imerecido do Pai, dado a nós por amor! Ele revela em nossa pequenez o tamanho da Sua glória, nos utilizando como instrumento para testemunhar da Sua Palavra. Assim escreveu o apóstolo Paulo, para que tivéssemos esperança em meio às lutas:

Tudo isso é para o bem de vocês. E, à medida que a graça alcançar mais pessoas, haverá muitas ações de graças, e Deus receberá cada vez mais glória.

Por isso, nunca desistimos. Ainda que nosso exterior esteja morrendo, nosso interior está sendo renovado a cada dia.

Pois estas aflições pequenas e momentâneas que agora enfrentamos produzem para nós uma glória que pesa mais que todas as angústias e durará para sempre.

Portanto, não olhamos para aquilo que agora podemos ver; em vez disso, fixamos o olhar naquilo que não se pode ver. Pois as coisas que agora vemos logo passarão, mas as que não podemos ver durarão para sempre.

(2 Coríntios 4:15-18)

Essa é a graça de um Deus que promete mais do que merecemos e nos torna mais que vencedores. Essa é a graça que produz uma fé capaz de esperar o que ainda não se pode ver, como os frutos das sementes que ainda não germinaram. Essa é a graça d’Aquele que amou um povo rebelde a ponto de chamá-lo ao arrependimento, trazê-lo de volta à obediência, levá-lo a reconstruir o que foi perdido e prometer uma glória ainda maior. Essa é a graça que frutifica esperança em cada um de nós.

Após a leitura do texto bíblico e do devocional, reflita e responda às seguintes perguntas:

1. Estou consciente da graça de Deus sobre a minha vida e do preço que foi pago para a minha salvação?
2. Como posso olhar para a esperança eterna e suportar o que Deus permitiu em minha vida hoje?