Reconhecendo a sua natureza

Sei que sou pecador desde que nasci... (v. 5 — NVI)

Vários dos meus familiares do lado materno tiveram que, em algum momento de sua vida, lidar com a diabetes. Quando era mais novo este assunto pouco me interessava e até o achava muito chato. Era algo bem distante. Um belo dia, porém, depois de vários médicos me terem alertado que minha glicose estava um pouco alta, recebi o diagnóstico: “você é diabético”. Desde então, qualquer notícia de tratamento ou de um novo medicamento me interessa.

Notícia de cura, de fato, só faz sentido quando se está doente. Assim também é com o perdão. Apenas faz sentido quando alguém se dá conta do seu erro, do seu pecado. Aliás, sabemos que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23).

O Salmo 51 é uma oração desesperada em busca de perdão. Davi era uma pessoa de grande prestígio e sucesso, mas ele errou feio. Apaixonou-se por uma mulher casada e a engravidou, valendo-se do seu poder de Rei (2Sm 11). Em seguida, planejou tirar a vida do marido dela. Esse marido, um dos seus melhores homens de guerra, era um cara justo e muito leal ao seu rei. Mesmo assim, Davi o enviou à frente de batalha para que ficasse o mais exposto possível. Assim, a chance de ser morto era grande, o que veio a acontecer.

Um profeta de Deus não deixou por menos e se apresentou a Davi. No meio do seu caos pessoal, o rei recebeu uma sentença de morte. Ele não tinha escapatória e entrou em desespero. Arrependeu-se do que fez e recebeu o perdão de Deus. Porém, mais do que uma questão moral, Davi precisou lidar com as consequências do seu erro e de suas escolhas. No Salmo 51, ele descreve sua confusão e angústia diante desse Deus a quem ele amava e servia. Mas, em vez de afastar-se, ele se lançou nos braços daquele que ama e perdoa. Deus era o seu único refúgio.

Deus, também nós sabemos que só em ti há perdão e cura!