Advento: de Onde Brota a EsperançaExemplo

Confiança na Presença

“Eu lhes falei tudo isso para que tenham paz em mim. Aqui no mundo vocês terão aflições, mas animem-se, pois eu venci o mundo” (Jo 16.33).

Essas palavras do Mestre fazem parte das últimas recomendações que ele compartilhou com seus discípulos antes da crucificação. Em meio a previsões da dor e do sofrimento que ele e os discípulos enfrentariam, Jesus os adverte: “Eu lhes falei tudo isso para que tenham paz em mim”. Paz? Sério mesmo? Como haveria paz com todas essas previsões caóticas?

Jesus introduz o conceito de paz que mais tarde o apóstolo Paulo usaria em Filipenses. Essa paz a que o Mestre se refere é obra do Espírito Santo. Não é uma paz que conseguimos alcançar através da nossa capacidade de resolver problemas. Trata-se do tipo de paz que nos permite ver o cuidado de Deus, mesmo quando a maldade triunfa em nosso coração quebrado. Paz cristã não é ausência de dor, nem de pensamentos negativos: é confiança da presença do Príncipe da Paz em nós.

Paulo nos ensina que aprendeu a encontrar satisfação em todas as circunstâncias, desfrutar de fartura mesmo em meio à escassez. Aprendeu a viver com integridade — ou seja, mantendo-se o mesmo em todas as circunstâncias. Em outras palavras, ele aprendeu a firmar-se nos propósitos do seu Mestre.

Que a paz do Mestre alcance seu coração! Que ela se torne um refrigério, como brisa suave nas manhãs de verão e calor que aquece o coração nas noites frias. Que o canto de um pássaro, o barulho das ondas do mar e até mesmo o trânsito caótico da cidade sejam um lembrete de que o Mestre está cuidando de tudo. O que recebemos dele é suficiente, abundante.

Paz!

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Texto: Tomás Camba

Arte: Renata Velho

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