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Provérbios para a Vida IIExemplo

Provérbios para a Vida II

DIA 3 DE 10

Gula

O que é Gula? Gula é a procura desordenada do prazer, no comer e no beber. A grande questão é, que entre as paixões humanas, talvez a mais difícil de controlar seja essa busca de prazer. E entre os prazeres, os mais difíceis de controlarmos são aqueles prazeres naturais, ou os prazeres companheiros da vida, sem os quais não é possível a vida humana. Porque sem comida e sem bebida não é possível sobreviver. E comer e beber são prazerosos, e a armadilha está em nós nos entregarmos ao comer e ao beber não mais para que sobrevivamos, mas para que tenhamos prazer.

E Provérbios 23 fala de algumas consequências da Gula:

A ilusão e o vazio: "Fitará os seus olhos naquilo que não é nada? Porque certamente isso fará para si asas, e voará ao céu como a águia", verso 5.

Má companhia: "Não comas o pão daquele que tem olhos malignos, nem cobices os seus manjares gostosos, pois como imaginou na sua alma assim é. E ele te diz: Come e bebe, mas o seu coração não está contigo, versos 6 e 7.

Frustração, culpa e perda do juízo: "Vomitaria o bocado que comeste, e perderia as tuas suaves palavras", verso 8.

A gula é este entregar-se e ir empanturrando-se, até que, de tão empanturrado morre ou mata-se. E pior, porque o comer muito é se tornar vítima de uma ilusão. Querer resolver a ansiedade, a culpa, o medo, o medo do futuro, na geladeira, é uma ilusão. A geladeira não vai resolver!

Mas é muito importante a gente saber também, que a gula não está só no comer muito, porque a gula conspira contra a vida, e gera em nós uma falsa noção de que o prazer é pecaminoso, e então, nós nos tornamos pessoas em constante vigilância contra o prazer.

Não, eu não posso comer esse biscoito. Não, não posso comer essa empadinha. Aí, você vai vivendo de alface e agrião, e dá razão, ao sujeito que fez uma dieta de duas semanas, e perdeu 15 dias.

E olhando nossa sociedade, o nosso problema hoje não é tanto a gula do excesso, porque nós estamos em uma sociedade que rejeita o glutão. E o mundo se preocupa com o peso, seja por estética ou seja por saúde. E nos tornamos vítimas da gula da delicadeza.

E qual é a gula da delicadeza? É uma armadilha que nós criamos para nós mesmos. Porque continuamos escravos do prazer, da comida e da bebida, mas posamos de virtuosos. A gente continua bebendo, continua comendo, mas a gente atenua, e dizemos assim: "Imagina um cafezinho agora..."; "Estou com uma vontade de comer alguma coisa e não sei o que é, e nem precisava ser muito não...".

Quando falamos assim, estamos dizendo: "Olhem, eu sou virtuoso, eu sou comedido, eu sou controlado." Mas, tem uma coisa, você é virtuoso, você é comedido, mas você é escravo desses "inhozinhos" que você não vive sem. Do pedacinho, da colheradinha, da metadinha, desses mais dois dedinhos.

E você é escravo dessas coisas que seu corpo pede na mesma hora do dia a mesma coisa. Então a gula não é só comer e beber muito, mas é esse desorganizar da vida em torno do comer e beber.

E qual é a nossa resposta à gula? Eu creio que uma boa resposta seja a temperança. A Bíblia chama de domínio próprio.

Não se trata de não desfrutar, ou desfrutar menos, isso não seria virtude, mas tristeza. Não seria temperança, mas impotência. Não se trata de desfrutar menos, mas de desfrutar melhor, porque é próprio da pessoa sábia usar as coisas e aproveitar o máximo delas, mas sem chegar ao exagero.

Temperança é a virtude pela qual conseguimos permanecer senhores dos nossos próprios prazeres, ao invés de nos tornarmos escravos. Porque os prazeres desta vida são mais puros quando são mais livres. São mais alegres, quando bem controlados. São mais serenos, quando menos dependentes. A temperança é o poder contentar-se com pouco. Satisfazer o estômago é fácil, difícil é satisfazer a alma.

E eu fico imaginando, se não é isso que o apóstolo Paulo estava dizendo quando ele diz: "Eu aprendi o segredo do contentamento." Olha o que ele está dizendo: Meu contentamento não advém de eu estar bem alimentado. O meu descontentamento não advém de eu estar porventura passando fome. Porque eu aprendi, eu exercito a minha prerrogativa de ser humano, e de escolher, de decidir, de saber como reagir e como me comportar, tendo muito ou tendo pouco. Eu exercito a minha virtude sobre o ter muito, sobre o ter pouco e sobre o ter nada. E é desse exercício da virtude que advém o contentamento e a felicidade.

Domínio próprio, fruto do espírito, que advém de uma vida rendida à ação do Espírito Santo. Porque rendidos ao Espírito Santo vamos caminhando e descobrindo assim como Paulo o segredo do contentamento.

Então, se renda sempre a ação do Espírito Santo na sua vida para que você possa desfrutar de uma vida abundante e desfrutar de todas as coisas.

As Escrituras

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Sobre este Plano

Provérbios para a Vida II

A Bíblia nos ensina a viver! Meditar sobre o livro de Provérbios, nos trás não só conhecimento, mas diversos conselhos para a vida.

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Gostaríamos de agradecer ao Alexandre Martins Comastri por fornecer este plano. Para mais informações, visite: https://www.lagoinha.com/