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Imagem, semelhança e intimidade

Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente. (2.7)

Quase toda a criação pela voz de Deus foi chamada à existência. Exceto o ser humano. Formados do pó da terra, seríamos simples vasos de barro se não fosse pela relação especial que Deus resolveu estabelecer conosco.

Imaginem o quão perto o Criador precisou estar do homem que acabara de formar quando, dentro das suas narinas, soprou o seu fôlego de vida. A partir desse momento de proximidade com o Senhor, o homem se tornou um ser vivente.

O nosso trino Deus é relacional por essência. Fomos especialmente feitos à sua imagem e semelhança, assim podemos desfrutar de uma vida de união e intimidade com ele. Não somos apenas criação, nem apenas súditos: somos seus filhos. Uma existência sustentada pela comunhão verdadeira com o seu Espírito é a fonte de toda a nossa vida. Que jamais nos esqueçamos de que sem essa proximidade que dá fôlego às narinas somos apenas carcaças vazias.

Seria loucura, se não fosse verdade: o soberano Criador de todas as coisas é o nosso Senhor Emanuel, o “Deus conosco”. Embora seja Deus, altíssimo e eterno, ele é o nosso Pai. Ainda que as nossas finitas mentes jamais consigam compreendê-lo completamente, a Bíblia nos diz que podemos desfrutar de uma relação profunda com ele.

Santo Agostinho não estava errado quando disse que em seu entendimento “Deus é incompreensível, mas não incognoscível”. Sim, não só podemos como devemos conhecê-lo, pois ele se dá a conhecer.

Obrigado, Senhor, por sermos pó e ao mesmo tempo vasos da tua presença. Sopra sobre nós, Espírito, para que possamos crescer em amor e intimidade contigo.