Gratidão e humildade

Membros da tribo Masai, na África Ocidental, entendem que gratidão e humildade andam de mãos dadas. Quando querem dizer “obrigado”, eles encostam a testa no chão e dizem, literalmente: “Minha cabeça está no pó”.

Outra tribo africana expressa gratidão de maneira semelhante, dizendo: “Eu me sento no chão diante de você”. Quando alguém quer demonstrar sua gratidão, vai e fica sentado em silêncio por um período de tempo em frente à cabana da pessoa a quem é grato.

Uma das qualidades fundamentais invariavelmente encontradas em uma pessoa grata é a humildade. A gratidão é o transbordamento de um coração humilde, tão certo quanto um espírito ingrato e queixoso flui de um coração orgulhoso.

Pessoas orgulhosas estão envolvidas consigo mesmas. Elas pensam muito em si e pouco nos outros. Se as pessoas ou as circunstâncias não as agradam ou não lhes convêm, elas tendem a reclamar ou ficar ressentidas. A leitura de hoje nos lembra que “Deus se opõe aos orgulhosos” — a ideia é que ele endurece contra eles, os mantém à distância; o Senhor “se coloca em formação de batalha” contra eles.

Mas quando escolhemos “nos humilhar”, conforme somos exortados em Tiago 4, Deus se aproxima de nós e derrama sua graça em nossa vida. Seu Espírito faz uma obra de limpeza e purificação em nosso coração, dá-nos vitória sobre o tirano barulhento e exigente do nosso eu e nos dá a capacidade de sermos pessoas gratas, mesmo em meio a circunstâncias desafiadoras.

Pessoas humildes estão envolvidas com Cristo. Uma pessoa humilde pensa muito em Deus e nos outros, e pouco, se é que pensa, em si mesma. Ela reconhece que tudo o que tem é melhor do que o que merece. Não acha que ninguém lhe deve nada. Não se sente no direito de ter mais, ou de que a vida seja fácil, ou de que todos a amem e a tratem bem. Ela é grata pela menor gentileza que lhe é oferecida, ciente de que é mais do que merece.