A mulher a quem Jesus ensinaExemplo

Atender aos requisitos de tal lista seria quase impossível se ser um discípulo fosse nada mais do que uma fórmula, um conceito abstrato. É difícil abrir mão de tudo por uma abstração. Mas Jesus não nos pede para abrir mão de tudo por uma abstração. Ele nos convida para um relacionamento que muda tanto nossas prioridades, que o que antes era muito importante para nós, importa menos agora.

A palavra discípulo vem do termo grego mathetes, que significa “aprendiz”. É o que somos: aprendizes. Mas somos de um tipo especial. Posso estudar francês na escola sem ter um relacionamento com o professor. Mas não posso observar a vida cristã como discípula sem ter um relacionamento íntimo com seu fundador. É por isto que o discipulado como algo abstrato não se encaixa em fórmulas destinadas a contê-lo. Relacionamentos que mudam a vida são dinâmicos, não estáticos. São vivos.

Quando Jesus sai das páginas de Mateus, Marcos, Lucas e João e entra na minha sala de estar, eu tenho de lidar com a pessoa dele. O Senhor não é algum personagem nebuloso da história. Também não é um conjunto de ensinamentos encontrados no Sermão do Monte. Ele está vivo e está dinamicamente envolvido na construção de um relacionamento comigo. Eu devo saber quem Ele é e o que quer de mim. Mais do que as informações factuais sobre Ele, devo também me familiarizar com Jesus e sentir o que esperar dele. Porque Jesus está vivo, não morto, e porque se relaciona comigo, não posso colocar este relacionamento numa caixa ou esperar que se desenvolva de acordo com alguma fórmula.

O que um relacionamento faz por nós que fatos ou uma fórmula não conseguem fazer? Os melhores relacionamentos têm diversas características em comum. A primeira é que nos interessamos por aquilo que interessa a nossa amiga. O que importa para ela, de repente importa muito para nós. Descobrimos que temos uma curiosidade sobre as coisas que ela gosta que não tínhamos pensado anteriormente.