Esperança e força em tempos de doençaExemplo

Esperança no deserto

Eu era criança e, nas pequenas viagens pelas estradas de um deserto, fechava os olhos e cochilava assim que saímos da cidade. Nada crescia ali, era quente, marrom e plano. Era um lugar para ser evitado ou ignorado.

É fácil ficar desperto quando tudo está belo, mas difícil se manter alerta quando as coisas não acontecem como queremos. Talvez seja uma situação que pareça irreconciliável, desgastante, algo que pareça não ter fim, um momento em que parece que nada sobreviverá e algo novo jamais crescerá. Está quente. Seco. Desagradável. O deserto nos deixa desesperados por sustento e provisão de maneira que um planalto exuberante jamais o faria.

Talvez por isso, Deus tenha levado o Seu povo ao deserto antes de levá-los à Terra Prometida. A jornada poderia ter sido rápida e indolor e lhe traria louvores entusiasmados. Liberdade e provisão, tudo de uma só vez! É assim que geralmente queremos a ajuda de Deus, imediata e sem dificuldades.

Mas, Ele demonstrou ao Seu povo no deserto, e a nós, que está mais interessado em nosso coração, adoração genuína e em provar a Sua fidelidade, não em conceder soluções rápidas ou temporárias. Deus pretende nos dar de si mesmo. O “caminho” significou mais do que escapar dos escravizadores, passar pelo mar Vermelho, receber o maná diário ou entrar na Terra Prometida. Demonstrou ser o único Caminho, Verdade e Vida que conheceríamos através de Jesus, nosso Caminho no deserto do pecado e da morte.

Há tanta beleza no deserto! É exuberante a vida daquele que sobrevive com as provisões de Deus. Vida frutífera em louvor ao Mestre Criador que enaltece a Sua eterna fidelidade. No deserto físico ou espiritual, somente Jesus é o autor de nossa esperança, nosso bálsamo e sustentador.

Se atravessamos um deserto, há esperança! Deus nos acompanha para nos revelar os ribeiros que somente Ele pode esculpir nesse lugar árido. Ele nos permite experimentar profunda sede, para que conheçamos a maior satisfação. Se estamos desorientados, Deus abre um caminho no deserto, e descobrimos que Ele é suficiente diante do insuperável.

Se as circunstâncias mudam, se temos alívio, se experimentamos um crescimento exuberante, se somos pressionamos pela seca ou não, apeguemo-nos à esperança em Cristo — a fonte de água viva! Nele, temos uma chuva de Sua graça por meio da redenção e vemos a beleza da paisagem à qual Ele nos levou. Jesus é a nossa única esperança em todas as estações, mesmo no deserto.

Deus atrai o Seu povo para si e demonstra a Sua fidelidade. Ele escolheu o deserto para os Seus escolhidos, e o usa agora para nos mostrar a beleza da nossa esperança em Cristo. Fique atento porque Deus tem muito a nos revelar nessa passagem pelo ermo.

RUTH CHOU SIMONS