Um ano com as mulheres da BíbliaExemplo

Mulheres que ouviram a carta de Paulo

Tara arrancou a multa da mão do policial e a colocou no porta-luvas. Qual era o problema de não ter parado completamente? Ela saiu dirigindo irritada. Ninguém vinha de ambos os lados, e que lugar tolo era aquele para colocar uma placa de PARE. Parecia injusto ela receber aquela multa tão pouco tempo depois das outras duas multas por alta velocidade, no início do mês. Acalmando-se, ela estacionou em vaga para deficientes para ir rapidamente à farmácia. Ao passar pela traseira de seu carro, parou para limpar o símbolo de peixe colocado na lataria.

Se as mulheres que viveram em Roma no primeiro século sentiam que não fazia diferença obedecerem ou não à lei, a questão foi esclarecida quando receberam a carta de Paulo. Provavelmente foi difícil para elas ouvirem a instrução sobre submeter-se à autoridade do governo em uma época em que um louco como Nero governava a cidade. Muitas dessas mulheres provavelmente tinham membros da família que foram torturados ou assassinados pelo cruel imperador. Como poderiam esperar que elas se submetessem a tal autoridade? Mas Paulo escreveu que, quando se rebelavam contra o governo, estavam se rebelando contra Deus, que institui as autoridades.

Podemos pensar que seja irrelevante desconsiderar as leis que parecem secundárias ou inconvenientes. Mas, ainda que os cristãos sejam cidadãos do reino de Cristo, espera-se que sejamos bons cidadãos na Terra também. Mesmo que não consigamos respeitar o caráter de uma pessoa num cargo de autoridade, podemos reconhecer que Deus permitiu que essa pessoa ocupasse tal cargo. Ainda que discordemos de uma lei específica, somos responsáveis por nos submeter a ela, contanto que não se contraponha às leis de Deus. Pode ir contra a nossa natureza, mas, se as mulheres do primeiro século conseguiram reconhecer a autoridade de Nero, certamente nós podemos nos submeter a uma placa de sinalização de trânsito.