Dia a dia com Jonathan EdwardsExemplo

FUJA DA TENTAÇÃO

É evidente que devemos evitar não somente pecar, mas também o que nos expõe e nos leva a pecar, porque é dessa maneira que agimos nas coisas que dizem respeito ao nosso interesse temporal. Os homens evitam não somente as coisas que são, em si mesmas, prejuízo ou ruína de seu interesse temporal, mas também as que tendem ou expõem a isso. Por amarem sua vida terrena, eles não apenas evitam matar-se, mas têm muito cuidado em evitar tudo o que a coloca em perigo; embora certamente não saibam, eles podem fugir.

Eles têm o cuidado de não atravessar rios e águas profundas sobre gelo fino, embora, certamente, não saibam se cairão e se afogarão. Eles não somente evitam as coisas que seriam, em si mesmas, a ruína de suas propriedades, como incendiar suas próprias casas com seus pertences ou pegar seu dinheiro e jogá-lo ao mar, mas eles evitam cuidadosamente todos os meios pelos quais seus bens são exposto. Se um homem contrai uma enfermidade perigosa, tem o cuidado de evitar tudo que possa aumentar o distúrbio; não somente o que ele sabe ser mortífero, mas outras coisas que teme serem prejudiciais a ele.

Dessa maneira, os homens têm a tendência de cuidar de seu interesse terreno. Portanto, se não formos tão cuidadosos em evitar o pecado quanto em evitar danos ao nosso interesse terreno, isso demonstrará uma disposição descuidada em relação ao pecado e ao dever, ou que não nos importamos muito se pecamos contra Deus. Certamente, a glória divina merece tanta importância e preocupação quanto o nosso interesse secular.

Certamente, devemos ter tanto cuidado para não sermos expostos a pecar contra a Majestade do Céu e da Terra quanto os homens costumam ter cuidado com um pouco de dinheiro; sim, este último cuidado não passa de ninharia em comparação ao anterior.