Visão Panorâmica da Bíblia de Gênesis a ApocalipseExemplo

Cristo o Mediador da Nova Aliança – Parte 1

Leia o texto Hebreus 9:15-17, e depois fazer uma reflexão de preferência em grupo ou com alguém sobre seguintes perguntas:

1. Porque Cristo é o mediador da nova aliança?
2. Do que se trata essa nova aliança mencionada no texto?
3. Como e porque Jesus Cristo nos resgatou?

Os livros do Novo Testamento são centralizados na pessoa de Cristo, mas mantém profunda relação com o Antigo Testamento. Eles são uma continuação da história do Povo de Deus e do ensino perfeito de Deus para toda a humanidade. Os focos na Lei e na Graça são a grande distinção entre os dois testamentos, mas isso não implica que não haja graça no AT. Apenas que o AT mostra o quanto à graça é necessária para pecadores que não podem alcançar as exigências da Lei.

O termo ‘Novo Testamento’ não se refere apenas a um conjunto de livros, mas sim a uma nova Aliança, ou um novo Pacto, realizado entre Deus e os homens. A palavra ‘aliança’ se associa à ‘herança’ e nos faz optar pelo uso da palavra testamento que, em nossa língua e cultura, representa um ato jurídico por meio do qual uma pessoa dispõe de seus bens (herança) em favor de outrem (herdeiro) para depois de sua morte.

Esse esclarecimento sobre o significado da palavra ‘testamento’, entretanto, levanta as questões: por que Deus precisaria fazer uma nova aliança com a humanidade? Por que um Novo Testamento seria necessário?

A Lei do Antigo Testamento não era capaz de libertar a consciência do pecador (ver Hebreus, capítulos 8 e 9), não era capaz de fazê-lo perceber a presença de Deus em todos os seus passos e o deixava sem o amparo do Espírito Santo. Em outras palavras, a Lei não é capaz de aliviar as lutas internas, que acontecem nas profundezas de nossa alma e consciência (ver Romanos 7), assim, precisamos da graça que veio por meio de Cristo na nova aliança.

Jesus, na última ceia com os seus discípulos “tomou o cálice, deu graças e o ofereceu aos discípulos, dizendo: ‘Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da [nova] aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados’” (Mateus 26:27,28; Lucas 22:20), estabelecendo, portanto, uma nova aliança, firmada no seu próprio sangue e sustentada pela sua mediação (Hebreus 12:24).