Série Steps - Passo 09Exemplo

Jesus é o Senhor

O “Senhorio de Jesus Cristo” é a base de todos os princípios bíblicos. Jesus Cristo, após escolher os seus discípulos, colocou-os ao seu lado para que vissem o que Ele fazia, ouvissem seus ensinamentos e se tornassem seus íntimos amigos. Enviou-os a transmitir a sua mensagem, dando-lhes autoridade para curarem enfermos e expulsarem demônios, e eles voltavam a Ele, relatando, maravilhados, os milagres que realizaram em Seu Nome. 

À medida que seguiam a Jesus, podiam sentir a Sua autoridade amorosa e santa, dirigindo seus passos nos propósitos de Deus e, ao mesmo tempo, corrigindo com brandura as suas faltas e enganos. Mesmo na ausência física de Jesus, pela Sua morte e ressurreição, eles poderiam sentir a presença constante do Senhor a guiá-los em seus caminhos e a sustentá-los nos momentos de fraqueza.

Os discípulos viam em Jesus o Senhor, mas também o Servo, que executava, com precisão e amor, os planos do Pai quanto à redenção da humanidade. Dessa forma, o senhorio de Jesus tornou-se a base e a fonte de poder e unção dos seus seguidores. Há, pelo menos, duzentas referências a Jesus como Senhor nas epístolas de Paulo, ligadas à Sua obra, vida, ressurreição e sua presença na igreja. O senhorio de Jesus é reconhecido e proclamado no livro de Atos, em todas as epístolas e, finalmente, apresentado no Apocalipse como o “Rei dos reis e Senhor dos senhores”. Ap.19.16.

Submeter-se ao Senhorio de Jesus significa, também, se submeter à estrutura que Ele implantar. O próprio Senhor Jesus estava debaixo de autoridade. Agia conforme a autoridade que lhe havia sido concedida pelo Pai Celestial – ver Ef 1:17-23; 1Co 15:27. 

Há muitos cristãos que dizem obedecer a Jesus, mas não a seus líderes. Isso não está de acordo com a palavra de Deus. É como se, numa empresa, um funcionário fosse desobediente aos seus líderes diretos. Os líderes foram imbuídos de autoridade pela empresa, e são representantes da própria empresa. 

Os filhos devem obedecer a seus pais, para glorificar ao Senhor. 

A submissão deve ser, primeiramente, à função que a pessoa recebeu, e nem sempre à pessoa em si. No caso de um guarda de trânsito, nos submetemos a ele pela função que exerce, sendo que, às vezes, nem sabemos quem é a pessoa. A função concede autoridade à pessoa. A palavra, porém, vai além, dizendo que devemos honrar aqueles que nos guiam e instruem nos caminhos de Deus. 

O assunto “autoridade” é um assunto que transcende os passos elementares da doutrina de Cristo. Como cristãos, precisamos amadurecer neste aspecto. O assunto “autoridade” envolve entendimento sobre poder e domínio. Algumas pessoas, para justificarem seus atos, usam, por pretexto, textos como a experiência de Daniel e a cova dos leões ou a experiência dos apóstolos Pedro e João, quando confrontados pelo Sinédrio. Citam estas experiências para justificar a sua desobediência às lideranças, alegando que estes também não se submeteram às autoridades.

No caso de Daniel, vemos que ele foi extremamente obediente às leis estabelecidas pelo governo do seu país. 

Em nossa falta de conhecimento sobre conceitos de leis e autoridades, às vezes, citamos as narrativas bíblicas de forma equivocada, acrescentando pensamentos que não estão contidos nelas. 

A narrativa em Daniel não apresenta uma proibição da oração, mas sim uma consequência para aquele que orasse a outro Deus, que não fosse o rei da nação. Daniel assim o fez. Continuou a orar a Deus, e quando vieram aplicar a punição, não se esquivou, mas entregou-se Àquele que julga retamente, o nosso Pai Celestial. Como consequência da sua subordinação ao decreto do seu governo, Deus foi glorificado.