Série Steps - Passo 02Exemplo

Há um pensamento, quase que institucionalizado, de que o arrependimento está sempre conectado a atitudes erradas que alguém cometeu. O conceito, porém, não se limita a isto. O arrependimento de obras mortas não se limita àquilo que estava errado.

No Velho Testamento, encontramos a narrativa de uma rebelião do povo de Israel, enquanto estava na travessia do deserto. Como consequência, cobras começaram a atacá-los e a matar as pessoas no meio do povo.

Esta situação é uma tipologia do que acontece quando alguém se rebela contra Deus. A pessoa, por sua decisão, afasta-se de Deus e permite, assim, que o diabo e seus demônios atuem, trazendo dano e morte para estas vidas.

Deus, na sua infinita bondade e misericórdia, oferece alternativas ao homem para se arrepender e tornar-se a Ele, para que volte a ter vida.

Assim, Deus orientou Moisés a fazer uma serpente de bronze e erguê-la, no meio do povo, com uma haste de madeira. Todo aquele que olhasse para a serpente de bronze, passava a estar imune ao veneno das cobras no meio do arraial.

Este ato, também, representava uma simbologia que apontava para Cristo, àquele que tomaria sobre si todo o pecado e condenação no madeiro, para nos resgatar da morte eterna.

Passados centenas de anos, porém, o povo passou a idolatrar a própria obra de bronze, como se esta tivesse poderes sobrenaturais, esquecendo-se da simbologia de redenção, e de que era Deus, na sua misericórdia, que os protegia e guardava.

A serpente de bronze, a partir deste ato, foi tornada numa obra morta. O rei Ezequias, homem que amava a Deus, destruiu a serpente, queimando-a no fogo. Aplicou o princípio de arrependimento de obras mortas.

Toda pessoa, todo grupo, que deseja viver toda a sua vida na vontade de Deus, devem aprender a viver no princípio de arrependimento de obras mortas. Não deve se apegar a bens, tradições e culturas que impeçam o avanço da obra cristã.

O arrependimento de obras mortas é um princípio do reino de Deus, e não existe para nos reprimir de alegrias, trazer pesos e condenações. Não é um instrumento para trazer abatimento, tristeza e desmotivação. O arrependimento de obras mortas, ao contrário, é um princípio que nos liberta de coisas vãs, e nos libera para fazermos obras vivas, boas, duradouras, eternas.

Há coisas, no nosso dia a dia, que são frutos de conceitos errados. Por exemplo, um dos cônjuges, no matrimônio, pode ter sido ensinado a nunca confiar na pessoa com quem se casou. Isto traz peso, opressão a ambos. Mas, à luz da verdade de Deus de que o amor não suspeita mal, pode ter sua mentalidade mudada, e desfrutar um novo e belo tempo de vida junto com a pessoa amada. Esta troca de mentalidade é arrependimento.

Que instrumento maravilhoso Deus proveu para nós! Se não houvesse o arrependimento, não haveria a possibilidade de restauração, confissão e perdão. Se não houvesse arrependimento, não haveria a possibilidade de mudança de rumos, quando necessário.

O arrependimento é resultado direto da grandíssima e ilimitada bondade de Deus. “Ou desprezais tu as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, ignorando que a bondade de Deus te leva ao arrependimento?” Rm 2:4.

Nunca devemos desprezar uma oportunidade de arrependimento, uma oportunidade de mudar, à luz da instrução do Senhor. Enquanto o Senhor nos propõe arrependimento, a oferta da sua bondade continua disponível às nossas vidas.

Nosso agradecimento especial ao ministério da Sky Church por compartilhar esse conteúdo com o objetivo único de formar discípulos de Jesus em todo o Brasil e mundo.