Mark Driscoll - Romanos: Teologia Para Todos (6-11)Exemplo
A Bíblia usa muito da linguagem do casamento e da família para ajudar a descrever o nosso relacionamento com Deus. Nesta seção, somos ensinados que as obrigações do casamento chegam a um fim uma vez que a nosso cônjuge morre, o que explica os votos “Até que a morte os separe”.
Nesta seção, Paulo, por meio do Espírito Santo, compara e contrasta o ser casado com a lei com o ser casado com a graça, de três modos.
1) Viver sob a Lei é como um casamento ruim (Romanos 7:1-3). Paulo usa a palavra grega para lei, “nomos”, 121 vezes ao longo das suas cartas. A palavra tem uma variedade de usos, mas, neste contexto, ela provavelmente se refere ao significado geral dos padrões universais de Deus sobre certo e errado para todo mundo. A lei reflete o caráter de Deus como o Doador da Lei, restringe algum mal através da nossa consciência (Romanos 2) e do governo (Romanos 13), bem como nos revela o nosso pecado.
Não-cristãos frequentemente negam que haja um padrão universal de certo e errado, mas, quando pressionados, são forçados a reconhecê-lo de diversas maneiras:
Rebelamo-nos contra a lei quando queremos ser soberanos e não estar sob nenhuma autoridade;
Sentimo-nos culpados quando violamos a lei;
Apelamos à lei para criticar e julgar os outros quando eles violam a lei;
Quando fazemos o bem, apelamos à lei para mostrar o nosso sucesso;
Quando falhamos em obedecer à lei, tentamos ignorar ou esconder a lei para que não sejamos pegos;
Quando não cumprimos a lei e somos descobertos, sentimos derrota e depressão por nosso mal agir.
A lei é boa e nós somos maus. A lei é como uma máquina de ressonância magnética que nos mostra o que há de errado conosco, mas que não pode fazer nada para consertar o problema. A lei nos mostra o nosso pecado e necessidade de um Salvador que cumpra a lei e nos liberte dela.
Viver sob a lei ou – usando a metáfora de Paulo – ser casado com a lei se parece muito com regras, controle, punição, falha e um fracasso triste e constante. Felizmente, quando Jesus morreu, nós também morremos para a lei, e agora somos livres para um novo relacionamento com Jesus Cristo por meio da graça.
2) Viver sob a graça é como um grande casamento (Romanos 7:4-6). A Bíblia frequentemente usa a metáfora do casamento para a fé cristã. Jesus é representado como um fiel noivo, e a Igreja como Sua amada noiva. No casamento, há um sagrado momento em que o pacto é feito, um novo status legal é conferido e a novo nome é tomado pela esposa. O mesmo ocorre com o crente; conforme entramos num pacto com Jesus, recebemos Seu status legal de eterna justiça como nossa herança, e tomamos o nome de Cristão para honrá-Lo.
3) Vivemos sob a lei ou no Espírito (Romanos 7:7-13). Os dois principais propósitos da lei são mostrar o nosso pecado e ressaltar nossa natureza pecaminosa. Paulo torna este assunto pessoal, referindo-se a si mesmo quase que trinta vezes em Romanos 7. Ele diz que, uma vez que ouviu a respeito de cobiçar, a sua natureza pecaminosa imediata e apaixonadamente começou a violar o 10° Mandamento. Ocorre o mesmo conosco. Todos os pais conhecem a realidade da natureza pecaminosa muito bem – conforme a criança tende a fazer exatamente o oposto do que lhe é mandado.
Visto que leis são boas e nós somos maus, mais leis tendem a resultar em mais rebelião. O que nós precisamos é de uma nova natureza, com novos desejos e novo poder, tudo isso por meio do Espírito Santo. Isto é exatamente para onde Paulo está conduzindo o seu argumento, sendo Romanos 8 sobre viver no Espírito em vez de sob a lei, mortos para o pecado e vivos para Deus.
Reflexão:
Contra qual das leis de Deus você luta mais para não se rebelar?
Por que é importante que respeitemos a ordem de Deus sobre o certo e o errado em nossa vida, família, igreja e comunidade?
Você é uma pessoa mais propensa a lidar com pessoas e problemas por meio da lei ou da graça? Por que é importante que lidemos com as pessoas e seus problemas com graça, como Deus lida conosco?
As Escrituras
Sobre este Plano
Este plano de 17 dias o ajudará a mergulhar na profunda teologia de Romanos, dos capítulos 6 a 11, que aborda tópicos como eleição, predestinação e livre-arbítrio. Estes tópicos complexos são esmiuçados em explicações e perguntas práticas e aplicáveis para sua reflexão, tornando a teologia acessível a todos, seja você apenas um curioso a respeito da Bíblia, um novo convertido ou alguém que segue a Jesus há muito tempo.
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Gostaríamos de agradecer ao Mark Driscoll por fornecer este plano. Para mais informações, visite: http://realfaith.com