QUANDO DEUS DEMORA

Ana, com a alma amargurada, chorou muito e orou ao Senhor. 1 Samuel 1.10 

Meu marido e eu queríamos muito ser pais, mas todo mês era a mesma decepção. Eu chorava e me perguntava se Deus nos daria filhos algum dia. Para piorar, pessoas vinham e perguntavam se nós não queríamos ter filhos. Outros me alertavam de que eu estava ficando mais velha.

Semanas de ansiedade se tornaram meses, e meses se tornaram anos. Que espera difícil! 

Certa vez, num culto em outubro, o pastor pediu para que todas as mães gestantes fossem para a frente porque ele queria orar pelos bebês. Quando ele chamou, eu pensei: “Espero que não chame também as pessoas que querem ter filhos. Não quero falar sobre meu anseio para ninguém, muito menos ir para frente em um apelo público.”

Consegue adivinhar qual foi a próxima frase do pastor? “Agora, venham todos os que querem engravidar, mas não conseguem”. 

Dizer que eu não queria ir é pouco. Eu realmente não queria ir. E qual não foi meu susto quando meu marido disse “Eu vou”. Eu não sabia o que seria pior: ele ir sozinho e eu ficar, ou nós dois irmos. Bem, eu fui com ele.

Entendi que Deus queria que eu saísse do meu esconderijo. Que eu declarasse publicamente que precisava de ajuda. Não digo que este seja o passo correto para todos, mas era o passo de fé que Deus esperava de mim. Fomos para frente, eu de coração quebrantado, e oraram por nós. 

No dia 24 de dezembro, tive consulta com minha médica. Ela fez uma ecografia e pela primeira vez escutei o coração da minha linda filha. Foi emocionante. Foi o melhor presente de Natal que poderia receber. 

O Senhor responde nossas orações no tempo certo. 

Patrícia Peters