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Vem pra vida

DIA 25 DE 29

No começo da quarentena eu não fazia ideia de que ficaríamos cerca de seis meses em isolamento social. Ninguém sabia o quanto ia demorar, né? O que eu sabia era que seria um tempo muito difícil para a pessoa que mais ama estar com outras, conversar com tias no ônibus, ver os amigos depois do trabalho e viver a muvuca da faculdade. Seria um momento difícil para quem se recarrega com outras pessoas. E olha, errada eu não estava! Foi um momento muito desafiador. Começamos a quarentena exatamente quando completou um ano de que meu bem estar mental quebrou e gritou para mim que eu não conseguia mais lidar com a rotina puxada e o não processamento de emoções oriundas de momentos penosos vividos por mim. 

Como eu iria passar por este momento sem ajuda de amigos, sem sentir o vento no rosto e sem a minha antiga rotina pra me ajudar a lidar? Quando o sofrimento bateu à porta, a solidão cantou e o medo de voltar a um estado melancólico me apertaram, a mesma mão que esteve comigo há um ano mostrou que estava ali -- e que nunca tinha saído dali. 

Ele estava comigo e me levou a meditar por vezes em Mateus 4, quando Jesus está sozinho no deserto, sem ninguém, sem comida, sem companhia. No marasmo. Ali, Satanás teve a pachorra de mostrar pra Jesus que ele estava sofrendo à toa, porque se Ele era quem diz ser, Ele podia transformar uma rocha em pão para se alimentar. Jesus respondeu enfaticamente: nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que vem da boca de Deus. O pão, um dos alimentos mais básicos da vida dos judeus representava a provisão, a suficiência -- os discípulos inclusive falam, mais pra frente, que Moisés deu pão dos céus para os judeus: deu a provisão, o alimento, a salvação de um povo que estava faminto e sedento. 

Mas ali, Jesus mostrou que a falta de algo que sempre teve, o pão, e que, de certa forma, ele necessitava, não era essencial para a sua existência, mas sim as palavras de vida de Deus. Que profundo. Eu entendi que eu não precisava nem do necessário, não precisava de artifícios externos, eles são adicionais -- e são bençãos de Deus --, mas o que a gente precisa é do que Ele diz. 

Mais pra frente, João registra, no capítulo 6, uma das maiores revelações de Jesus e de Deus pra mim na quarentena: Jesus é o próprio pão. Ele desceu dos céus, materializando a palavra de Deus -- aquela que Ele disse que o homem viveria por meio -- em carne, em provisão. Ele diz “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome” (Jo 6. 35). Ele mesmo é o pão que me satisfaz, o pão pelo qual eu não posso viver sem. Ele se repartiu para que eu nunca mais tenha fome ou sinta outras ausências. Ele é o maná e sua presença me deu provisão todos os dias da quarentena e continua me dando. 

Ele desmascarou todas as outras fomes e me mostrou o essencial. Para isso, eu tive que comê-lo, aceitá-lo, ceiar com Ele. Não importa o seu sofrimento, a sua ausência, o seu buraco. Ele é o maná. Hoje estou satisfeita e vim compartilhar meu pão com você. Ele é nosso pão. Se satisfaça e o divida com outros. 

Dia 24Dia 26

Sobre este Plano

Vem pra vida

A Juventude Batista Brasileira vive a missão de anunciar ao mundo a vida abundante em Jesus! A vida plena que nos foi oferecida na cruz não começa no instante em que chegarmos no céu. A vida verdadeira começa agora. Em Cristo Jesus cada segundo de nossa existência ganha um significado. Fomos alcançados pela graça, alcançamos a vida e é nosso dever levar Vida aos outros corações que necessitam de esperança.

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Gostaríamos de agradecer ao Juventude Batista Brasileira por fornecer este plano. Para mais informações, visite: http://mesdajuventude.com.br