Irresistível, de Andy Stanley - Um Plano de Leitura de 6 DiasExemplo

Primeiro Jesus, Depois a Bíblia

A fé cristã começou com a ressurreição de Jesus.

Nasceu de um evento, não de um documento – de um nascimento e não de uma certidão de nascimento. Nossa fé começou quando um grupo de seguidores de Jesus o viram ressuscitar dos mortos. Assim como a ressurreição de Jesus serviu como o motivo, que mais tarde dariam, para a esperança que tinham, a ressurreição Dele também deve ser o motivo da nossa esperança. Para ser mais claro: não acreditamos porque a Bíblia fala isso. Acreditamos porque Jesus ressuscitou!

Para que a igreja recupere o seu status do primeiro século de irresistível, temos que mudar o modo como falamos da Bíblia. A maioria das pessoas estudadas tem um opinião formada sobre o que a Bíblia é e o que não é. Elas não entram nas nossas igrejas sem opiniões; elas chegam cheias de pré-concepções. Consequentemente, temos que mudar a nossa abordagem e, como vimos, há um precedente do primeiro século a ser seguido.

A nossa fé não está à beira da extinção por conta da arqueologia ou da história do Antigo Testamento. Se alguém perdeu a fé em Jesus porque perdeu a fé na credibilidade histórica ou arqueológica do Antigo Testamento, esse perdeu a fé em vão.

A fé dos primeiros seguidores de Jesus não repousava em um livro histórico, arqueológico e cientificamente preciso. A sua fé também não deve ser assim. Nem a fé do seu filho. Nem tampouco a fé das crianças da sua igreja. Se o Antigo Testamento tivesse sido escrito como uma enciclopédia científica ou de acordo com as noções modernas de precisão histórica, provavelmente ninguém o teria compreendido até a Idade moderna. A nossa fé não está à beira de um colapso por conta da historicidade, credibilidade ou até mesmo da confiabilidade do Antigo Testamento.

Quando céticos apontarem a violência, a misoginia, as alegações científicas e históricas não verificáveis da Bíblia Hebraica, ao invés de tentar defender essas coisas, podemos dar de ombros, com o olhar mais perplexo que pudermos e falar: "Eu não sei porque você está citando isso. A minhã fé cristã não é baseada em nada disso."

E, a propósito, não é mesmo.

Ou não deveria ser.

A fé de Pedro não era. Nem a de Paulo. 

Reflexão: Você conhece alguém que perdeu a fé por causa de algo na Bíblia? Você concorda que a fé cristã deveria permanecer ou desfalecer frente ao fato de que Jesus ressuscitou dos mortos?