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Marcos 14:27-72

Marcos 14:27-72 NTLH

E Jesus disse aos discípulos: — Todos vocês vão fugir e me abandonar, pois as Escrituras Sagradas dizem: “Matarei o pastor, e as ovelhas serão espalhadas.” Mas, depois que eu for ressuscitado, irei adiante de vocês para a Galileia. Então Pedro disse a Jesus: — Eu nunca abandonarei o senhor, mesmo que todos o abandonem! Mas Jesus lhe disse: — Eu afirmo a você que isto é verdade: nesta mesma noite, antes que o galo cante duas vezes, você dirá três vezes que não me conhece. Mas Pedro repetia com insistência: — Eu nunca vou dizer que não o conheço, mesmo que eu tenha de morrer com o senhor! E todos os outros discípulos disseram a mesma coisa. Jesus e os discípulos foram a um lugar chamado Getsêmani. E Jesus lhes disse: — Sentem-se aqui, enquanto eu vou orar. Então Jesus foi, levando consigo Pedro, Tiago e João. Aí ele começou a sentir uma grande tristeza e aflição e disse a eles: — A tristeza que estou sentindo é tão grande, que é capaz de me matar. Fiquem aqui vigiando. Ele foi um pouco mais adiante, ajoelhou-se, encostou o rosto no chão e pediu a Deus que, se possível, afastasse dele aquela hora de sofrimento. Ele orava assim: — Pai, meu Pai, tu podes fazer todas as coisas! Afasta de mim este cálice de sofrimento. Porém que não seja feito o que eu quero, mas o que tu queres. Depois voltou e encontrou os três discípulos dormindo. Então disse a Pedro: — Simão, você está dormindo? Será que não pode vigiar nem uma hora? Vigiem e orem para que não sejam tentados. É fácil querer resistir à tentação; o difícil mesmo é conseguir. Jesus foi outra vez e orou, dizendo as mesmas palavras. Em seguida, voltou ao lugar onde os discípulos estavam e os encontrou de novo dormindo. Eles estavam com muito sono e não conseguiam ficar com os olhos abertos. E não sabiam o que responder a Jesus. Quando voltou pela terceira vez, Jesus perguntou: — Vocês ainda estão dormindo e descansando? Basta! Chegou a hora, e o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos dos maus. Levantem-se, e vamos embora. Vejam! Aí vem chegando o homem que está me traindo! Jesus ainda estava falando, quando chegou Judas, um dos doze discípulos. Vinha com ele uma multidão armada com espadas e porretes, que tinha sido mandada pelos chefes dos sacerdotes, pelos mestres da Lei e pelos líderes judeus. O traidor tinha combinado com eles um sinal. Ele tinha dito: “Prendam e levem bem seguro o homem que eu beijar, pois é ele.” Logo que chegou perto de Jesus, Judas disse: — Mestre! E o beijou. Então eles pegaram Jesus e o prenderam. Mas um dos que estavam ali tirou a espada, atacou um empregado do Grande Sacerdote e cortou uma orelha dele. Então Jesus disse para aquela gente: — Vocês vêm com espadas e porretes para me prenderem como se eu fosse um bandido? Eu estava com vocês todos os dias, ensinando no pátio do Templo, e vocês não me prenderam. Mas isso está acontecendo para se cumprir o que as Escrituras Sagradas dizem. Então todos os discípulos abandonaram Jesus e fugiram. Um jovem, enrolado num lençol, seguia Jesus. Alguns tentaram prendê-lo, mas ele largou o lençol e fugiu nu. Em seguida, levaram Jesus até a casa do Grande Sacerdote, onde estavam reunidos os chefes dos sacerdotes, alguns líderes dos judeus e alguns mestres da Lei. Pedro seguiu Jesus de longe e entrou no pátio da casa do Grande Sacerdote. Ele sentou-se perto do fogo, com os guardas, para se esquentar. Os chefes dos sacerdotes e todo o Conselho Superior estavam procurando encontrar alguma acusação contra Jesus a fim de o condenarem à morte. Mas não conseguiram nenhuma. Muitos diziam mentiras contra ele, mas as suas histórias não combinavam umas com as outras. Alguns se levantaram e acusaram Jesus com mentiras. Eles diziam: — Nós ouvimos quando ele disse: “Vou destruir este Templo que foi construído por seres humanos e, em três dias, levantarei outro que não será construído por seres humanos.” Mesmo assim as suas histórias não combinavam umas com as outras. Aí o Grande Sacerdote se levantou no meio de todos e perguntou a Jesus: — Você não vai se defender dessa acusação? Mas Jesus ficou calado e não respondeu nada. Então o Grande Sacerdote tornou a perguntar: — Você é o Messias, o Filho do Deus Bendito? Jesus respondeu: — Sou. E vocês verão o Filho do Homem sentado do lado direito do Deus Todo-Poderoso e descendo com as nuvens do céu! Aí o Grande Sacerdote rasgou as suas próprias roupas e disse: — Não precisamos mais de testemunhas! Vocês ouviram esta blasfêmia contra Deus! Então, o que resolvem? Todos estavam contra Jesus e aí o condenaram à morte. Então alguns começaram a cuspir nele. Cobriam o rosto dele, davam bofetadas nele e perguntavam: — Quem foi que bateu em você? Adivinhe! E também os guardas o pegaram e lhe deram bofetadas. Pedro ainda estava lá embaixo no pátio, quando apareceu uma das empregadas do Grande Sacerdote. Ela viu Pedro se esquentando perto do fogo, olhou bem para ele e disse: — Você também estava com Jesus de Nazaré. Mas ele negou, dizendo: — Eu não o conheço. Não sei do que é que você está falando. E saiu para o corredor. Naquele momento, o galo cantou. Quando a empregada viu Pedro ali, começou a dizer aos que estavam perto: — Este homem é um deles. Mas ele negou outra vez. Pouco depois, as pessoas que estavam ali disseram de novo a Pedro: — Não há dúvida de que você é um deles, pois você também é da Galileia. Aí Pedro disse: — Juro que não conheço esse homem de quem vocês estão falando! Que Deus me castigue se não estou dizendo a verdade! Naquele instante o galo cantou pela segunda vez, e Pedro lembrou que Jesus lhe tinha dito: “Antes que o galo cante duas vezes, você dirá três vezes que não me conhece.” Então Pedro caiu em si e começou a chorar.