Ai de Jerusalém! Jerusalém, a cidade onde viveu Davi! Ano após ano seus moradores realizam festas religiosas nas datas marcadas,
mas eu vou mandar um terrível castigo sobre ela! Todos vão chorar e lamentar muito. Jerusalém será exatamente o que significa o seu nome — Ariel — um altar coberto de fogo.
Eu mesmo serei seu inimigo. Cercarei Jerusalém: vou levantar torres à sua volta, para destruir você.
Quando você tiver sido derrubada e misturada com a poeira, a sua voz se fará ouvir como se fossem espíritos, cochichando e murmurando como fantasmas.
De repente, num instante, os seus inimigos vão desaparecer como o pó soprado pelo vento. Eles são muitos, mas vão sumir como palha carregada pelo vento, num instante.
Porque eu, o SENHOR Todo-poderoso, cairei em cima deles com trovões, terremotos, furacões, chuva forte e fogo.
Todos os povos que vão atacar Jerusalém e todos os exércitos que estiverem cercando a cidade com rampas de ataque desaparecerão de repente como um sonho que acaba, como numa visão noturna,
como um homem com muita fome sonha que está comendo, mas acorda ainda com o estômago vazio; como um homem morrendo de sede sonha que está bebendo, mas acorda sem forças, sem ter saciado a sua sede. Assim será com os inimigos que vão sonhar com uma grande vitória contra o monte Sião, mas isso não passará de um sonho.
Isso os deixa espantados? Vocês não conseguem acreditar? Então continuem de olhos fechados, fiquem cegos para sempre, se quiserem! Vocês andam tontos, tropeçando como bêbados, mas não é porque beberam muito vinho!
É porque o SENHOR derramou sobre vocês um sono profundo! Os seus profetas, os olhos da nação, não podem mais ver! Os que tinham visões do futuro, os que tomavam decisões, não conseguem mais pensar direito!
Todas essas coisas que, segundo a visão, vão acontecer daqui para a frente, são como um livro selado, que ninguém consegue compreender. Se vocês derem o livro a alguém que sabe ler, ele dirá: “Não consigo ler, está selado”.
Se você pedir a um outro que leia o livro, ele responderá: “Não sei ler”.
O Senhor diz:
“Esse povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão me adoram; seus ensinamentos não passam de regras ensinadas por homens.
Por isso uma vez mais eu vou continuar a fazer uma obra maravilhosa no meio deste povo, uma obra maravilhosa e coisas estranhas; a sabedoria dos seus sábios se desvanecerá, e o entendimento dos que são instruídos se esconderá”.
Ai dos que procuram esconder os seus planos de Deus, que tentam fazer tudo no escuro, pensando consigo mesmos: “Quem vai nos ver? Quem ficará sabendo?”
Como vocês estão errados! Como são tolos! Será que o oleiro que faz os jarros é igual ao barro? Será que uma obra de arte poderia dizer ao artista que a criou: “Não foi você que me fez”? Por acaso o vaso poderá dizer do oleiro: “Você não sabe o que está fazendo”?
Acaso as matas virgens do Líbano não serão transformadas num campo fértil? E o campo fértil não será transformado num bosque?
Naquele dia os surdos ouvirão as palavras do livro, e os cegos, livres da tristeza da escuridão, verão os meus planos.
Os mansos terão grande felicidade no SENHOR, e os necessitados da terra vibrarão de alegria no Santo de Israel.
Os que exploram outras pessoas perderão todo o seu poder; os zombadores vão desaparecer, e os que vivem planejando maldades serão eliminados,
homens violentos que brigavam à toa, que planejavam atacar à traição o juiz que os condenou e que procuravam qualquer desculpa para prejudicar os inocentes.
Por isso, o SENHOR, que libertou Abraão, diz à descendência de Israel:
“O meu povo não será mais envergonhado; e o seu rosto não mais se empalidecerá.
Quando eles virem as obras das minhas mãos, vão me respeitar, proclamarão o meu santo nome, santificarão o Santo de Israel e temerão o Deus de Israel.
Os que viviam no pecado compreenderão a verdade, e os que se revoltavam contra mim aceitarão a instrução”.