Certo dia, trouxeram crianças para que Jesus pusesse as mãos sobre elas, mas os discípulos repreendiam aqueles que as traziam.
Ao ver isso, Jesus ficou indignado com os discípulos e disse: “Deixem que as crianças venham a mim. Não as impeçam, pois o reino de Deus pertence aos que são como elas. Eu lhes digo a verdade: quem não receber o reino de Deus como uma criança de modo algum entrará nele”. Então tomou as crianças nos braços, pôs as mãos sobre a cabeça delas e as abençoou.
Quando Jesus saía para Jerusalém, um homem veio correndo em sua direção, ajoelhou-se diante dele e perguntou: “Bom mestre, que devo fazer para herdar a vida eterna?”.
“Por que você me chama de bom?”, perguntou Jesus. “Apenas Deus é verdadeiramente bom. Você conhece os mandamentos: ‘Não mate. Não cometa adultério. Não roube. Não dê falso testemunho. Não engane ninguém. Honre seu pai e sua mãe’.”
O homem respondeu: “Mestre, tenho obedecido a todos esses mandamentos desde a juventude”.
Com amor, Jesus olhou para o homem e disse: “Ainda há uma coisa que você não fez. Vá, venda todos os seus bens e dê o dinheiro aos pobres. Então você terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me”.
Ao ouvir isso, o homem ficou desapontado e foi embora triste, pois tinha muitos bens.
Jesus olhou ao redor e disse a seus discípulos: “Como é difícil os ricos entrarem no reino de Deus!”. Os discípulos se admiraram de suas palavras. Mas Jesus disse outra vez: “Filhos, entrar no reino de Deus é muito difícil. É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha que um rico entrar no reino de Deus”.
Perplexos, os discípulos perguntaram: “Então quem pode ser salvo?”.
Jesus olhou atentamente para eles e respondeu: “Para as pessoas isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus, tudo é possível”.
Então Pedro começou a falar: “Deixamos tudo para segui-lo”.
Jesus respondeu: “Eu lhes garanto que todos que deixaram casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou propriedades por minha causa e por causa das boas-novas receberão em troca, neste mundo, cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e propriedades, com perseguição, e, no mundo futuro, terão a vida eterna. Contudo, muitos primeiros serão os últimos, e muitos últimos serão os primeiros”.