“Que aflição espera Ariel, a cidade de Davi!
Ano após ano celebram suas festas.
Contudo, trarei calamidade sobre vocês;
haverá muito choro e tristeza.
Ariel se tornará exatamente o que significa seu nome:
um altar coberto de sangue.
Serei seu inimigo,
cercarei Jerusalém e atacarei seus muros.
Levantarei torres de cerco
e a destruirei.
Então, das profundezas da terra, você falará;
suas palavras virão do pó.
Sua voz sussurrará do chão,
como um fantasma chamado da sepultura.
“De repente, porém, seus inimigos cruéis serão esmagados
como o mais fino pó.
Seus muitos agressores serão expulsos
como palha ao vento.
De repente, num instante,
eu, o SENHOR dos Exércitos, entrarei em ação
com trovão, terremoto e grande estrondo,
com vendaval, tempestade e fogo consumidor.
Todas as nações que lutam contra Ariel
desaparecerão como um sonho.
Os que atacam seus muros
sumirão como uma visão noturna.
O faminto sonha que está comendo,
mas ao acordar ainda sente fome.
O sedento sonha que está bebendo,
mas ao amanhecer ainda sente sede.
Assim será com seus muitos inimigos,
aqueles que atacam o monte Sião”.
Estão espantados? Não acreditam?
Continuem cegos, se quiserem.
Estão entorpecidos, mas não é pelo vinho;
cambaleiam, mas não é por bebida forte.
É porque o SENHOR derramou sobre vocês um espírito de sono profundo;
fechou os olhos de seus profetas e videntes.
Para eles, todos os acontecimentos futuros desta visão são um livro selado. Quando você o entregar aos que sabem ler, dirão: “Não podemos ler, pois está selado”. Quando o entregar aos que não sabem ler, dirão: “Não sabemos ler”.
Portanto, o Senhor diz:
“Este povo fala que me pertence;
honra-me com os lábios,
mas o coração está longe de mim.
A adoração que me prestam
não passa de regras ensinadas por homens.
Por isso, mais uma vez deixarei este povo maravilhado
com obras maravilhosas.
A sabedoria dos sábios passará,
e a inteligência dos inteligentes desaparecerá”.
Que aflição espera os que procuram esconder seus planos do SENHOR,
que realizam seus atos perversos na escuridão!
Dizem: “O SENHOR não nos vê;
não sabe o que se passa”.
Como são tolos!
Ele é o oleiro e certamente é maior que vocês, o barro.
Pode o objeto criado dizer sobre aquele que o criou:
“Ele não me fez”?
Pode o vaso dizer:
“O oleiro não sabe o que faz”?
Logo, em pouco tempo,
os bosques do Líbano se tornarão campo fértil,
e o campo fértil produzirá colheitas fartas.
Naquele dia, os surdos ouvirão as palavras lidas de um livro,
e os cegos verão no meio da escuridão e das trevas.
Os humildes ficarão cheios de alegria do SENHOR,
e os pobres exultarão no Santo de Israel.
O opressor já não existirá,
o arrogante desaparecerá,
e os que tramam o mal serão destruídos.
Os que condenam os inocentes
com testemunhos falsos desaparecerão.
O mesmo acontecerá aos que trapaceiam para perverter a justiça
e contam mentiras para destruir os inocentes.
Por isso o SENHOR, que resgatou Abraão, diz ao povo de Israel:
“Meu povo não será mais envergonhado,
nem ficará pálido de medo.
Quando virem seus muitos filhos
e todas as bênçãos que lhes dei,
reconhecerão a santidade do Santo de Jacó
e temerão o Deus de Israel.
Os que se desviam terão discernimento,
e os que se queixam aceitarão instrução.”