Jesus, outra vez, profundamente comovido, foi até o sepulcro. Era uma gruta com uma pedra colocada na entrada.
― Tirem a pedra — disse ele.
Marta, irmã do falecido, disse:
― Senhor, ele já cheira mal, pois está ali há quatro dias.
Jesus lhe disse:
― Não lhe falei que, se você crer, verá a glória de Deus?
Então, tiraram a pedra. Jesus olhou para cima e disse:
― Pai, eu te agradeço porque me ouviste. Eu sei que sempre me ouves, mas disse isso por causa do povo que está aqui, para que eles creiam que tu me enviaste.
Depois de dizer isso, Jesus bradou em alta voz:
― Lázaro, venha para fora!
Aquele que havia morrido saiu com as mãos e os pés envolvidos em faixas de linho e o rosto envolto em um pano.
Jesus lhes disse:
― Tirem as faixas dele e deixem‑no ir.
Muitos dos judeus que tinham ido visitar Maria, vendo o que Jesus fizera, creram nele. No entanto, alguns deles foram contar aos fariseus o que Jesus tinha feito. Então, os chefes dos sacerdotes e os fariseus convocaram uma reunião do Sinédrio.
― O que estamos fazendo? — perguntaram. — Aí está esse homem realizando muitos sinais milagrosos. Se o deixarmos, todos crerão nele. Então, os romanos virão e tomarão tanto o nosso lugar como a nossa nação.
No entanto, um deles, chamado Caifás, que naquele ano era o sumo sacerdote, tomou a palavra e disse:
― Vocês não sabem nada! Não percebem que é melhor que um homem morra pelo povo e que não pereça toda a nação.
Ele não disse isso de si mesmo, mas, como era o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus morreria pela nação judaica, e não somente por aquela nação, mas também pelos filhos de Deus que estão espalhados, para reuni‑los em um só povo. Assim, daquele dia em diante, resolveram matá‑lo.
Por essa razão, Jesus não andava mais publicamente entre os judeus. Em vez disso, retirou‑se para uma região próxima do deserto, para um povoado chamado Efraim, onde ficou com os seus discípulos.
Ao se aproximar a Páscoa judaica, muitos foram daquela região a Jerusalém a fim de participar das purificações cerimoniais antes da Páscoa. Continuavam procurando Jesus e, no templo, perguntavam uns aos outros:
― O que vocês acham? Será que ele virá à festa?
Os chefes dos sacerdotes e os fariseus, porém, tinham ordenado que, se alguém soubesse onde Jesus estava, o denunciasse, para que pudessem prendê‑lo.